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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

NOTA DE REPÚDIO

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba sempre defendeu a liberdade de imprensa e de expressão, bem como a ética no exercício profissional do Jornalismo. Defendemos o olhar crítico da imprensa, e não o atrelamento político-editorial implementado pela maioria das empresas em função de interesses particulares, econômicos ou governamentais.

Sendo assim, vimos, por meio desta nota, externar o nosso mais sincero apoio à jornalista Cláudia Carvalho (ParlamentoPB) e aos jornalistas Rubens Nóbrega (Jornal da Paraíba), Marcos Oliveira e Jozivan Antero (PatosOnline) por estarem sofrendo fortes pressões políticas e processos na Justiça devido a suas atuações corajosas na imprensa paraibana.

Cláudia Carvalho sofreu, por parte do vereador da Capital João Almeida (PMDB), ataques verbais sobre sua conduta profissional, em retaliação a críticas feitas pela jornalista. O parlamentar chegou a protocolar um requerimento pedindo à Câmara que suspendesse o contrato de publicidade que mantém com o site ParlamentoPB. Posteriormente, decidiu retirar o pedido, mas já anunciou publicamente que vai processá-la na Justiça.

Rubens Nóbrega está submetido a três processos, desdobrados nas esferas cíveis e criminais, desfechados pelo atual governador do Estado, o Sr. Ricardo Coutinho (PSB). Rubens tem tratado em suas colunas diárias do Jornal da Paraíba sobre denúncias e investigações pelas quais passam contratos celebrados entre empresas privadas e o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de João Pessoa (quando da gestão de Coutinho).

Já o portal PatosOnline tem se destacado na região do Sertão por fazer o que poucos têm coragem: apontar os erros e denunciar ações antipopulares das oligarquias locais. Sendo assim, o portal está sendo bombardeado pela família Motta Wanderley (que, há alguns anos, está à frente da Prefeitura Municipal de Patos), por ter denunciado, em primeira mão, irregularidades nos contratos e nas execuções dos festejos de São João deste ano e da construção do “Canal do Frango”, obra que transpassa boa parte do território da cidade e que já deveria ter sido concluída. Além dos processos contra Marcos Oliveira e Jozivan Antero, a matéria sobre a construção do Canal foi retirada do ar por decisão judicial.

Como se vê, quando a imprensa incomoda os “intocáveis” interesses de quem detém o poder político e de Estado, sofre represálias de toda sorte, em especial via Poder Judiciário.

O Sindicato se coloca à inteira disposição dos colegas vítimas destas tentativas de censura e criminalização do exercício profissional do Jornalismo, bem como de quaisquer outras situações que agridam a nossa categoria, e aproveitamos para convocar toda a opinião pública a também repudiar estes procedimentos antidemocráticos.

Precisamos de um novo tipo de sistema de representação política que possibilite aos cidadãos, em especial àqueles que lidam cotidianamente com o interesse público, como os jornalistas, cobrar, sugerir, fiscalizar, denunciar, criticar, o Poder Público e, consequentemente, as pessoas que o ocupam. Também estamos comprometidos com esta causa.

João Pessoa, 09 de outubro de 2013
A DIRETORIA

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