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terça-feira, 26 de abril de 2011

Governo e médicos se reúnem, mas não sai acordo

Um dia de muitas negociações entre o secretário de saúde do Estado, Waldson de Sousa e a categoria médica de Patos, nesta terça 26, visando acabar com um impasse que vem trazendo sérios prejuízos para a população de dezenas de municípios que depende dos serviços do SUS. A bandeira dos médicos, a isonomia dos plantões extras com os de João Pessoa e Campina, foi o centro dessas discussões ocorridas na 6ª Gerência Regional de Saúde com a presença de aproximadamente profissionais de saúde que atendem nos hospitais Janduhy carneiro, Infantil Noaldo Leite e Maternidade Peregrino Filho.

A contraproposta do governo trazida pelo secretário agradou em parte aos médicos. Nela os valores anunciados por Waldson são equiparados com João Pessoa e Campina, porém diferenciados pela complexidade. Para o Hospital Regional Janduhy Carneiro, tido como de alta complexidade, os médicos receberiam o mesmo valor aos da capital; a Maternidade, média complexidade e Infantil de baixa, os numerários seriam inferiores. Esse ponto acabou travando a pauta para um acordo. A Cooperativa dos Médicos Urgentistas do Sertão não concordou. Para seu presidente, Janio Rolim, a principal bandeira da categoria é justamente a isonomia, e da forma como a proposta do Estado foi posta não há como agradar a todos.

Waldson explicou que a intenção do Estado é de ajustar os valores dos plantões, acabando-se com a produtividade e criando um parâmetro de pagamento, algo que jamais existiu, classificando o grupo de hospitais de Patos, Sousa e Cajazeiras dentro do grupo que realiza atendimento de alta complexidade no Estado.

Ele falou sobre as consequências da entrega dos plantões médicos, algo bastante desgastante, tanto para a categoria, como para o Estado, mas principalmente para usuários, que deixam de receber o atendimento que tanto precisam. Ele também destacou que o governo não está pactuando apenas valores de plantão, mas também carga horária, qualidade no atendimento. “A gente não vai aceitar mais médicos descumprindo carga horária em plantão; em porta de urgência dois escalados e aparecendo só um. Por isso estamos anunciando um plano de remuneração real e justo, que antes não era oferecido. Outro ponto da negociação é a proibição de leito privado nos hospitais público. Isso está terminantemente proibido”, comentou Waldson. 

O secretário disse que desde janeiro o governo vem identificando os problemas da rede hospitalar da Paraíba para ir resolvendo-os dentro das possibilidades, adiantando que o monitoramento acontece nos trinta hospitais da rede estadual e a meta é a preconização da qualidade no atendimento. “O usuário não pode ser mal atendido de maneira nenhuma e tem todo direito de fazer a reivindicação justa”, acrescentou. 

Questionado se a carga horária do médico seria fiscalizada, Waldson disse que isso está prevista no próprio vínculo trabalhista, trata-se de uma questão ética e tem que ser cumprida. Sobre a insalubridade questionada pelo Sindicato dos Médicos da Paraíba, de que os valores não estão sendo cumpridos, ou seja, pagos os 20% em cima do salário, disse que é um direito que deve ser levado o setor responsável para a correção. 

Os médicos dizem que só retornam aos plantões extras quando o Estado aprovar a isonomia para os plantonistas de todos os hospitais.
Ascom

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