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terça-feira, 18 de novembro de 2008

TJ nega HC a acusado em Rede Marginal e mantem vice-prefeito preso

Na sessão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba desta terça-feira, 18, foi negado, por maioria de votos, pedido de habeas corpus ao vice-prefeito do município de Curral Velho, João Estrela. Ele está preso em Patos acusado de dar fuga aos assassinos do irmão da vereadora eleita de João Pessoa, Sandra Marrocos (PSB), Silvino Marrocos. O relator do processo é o desembargador Leôncio Teixeira Câmara.
Silvino Marrocos, também conhecido como “Gato”, era candidato a vice-prefeito na cidade de Curral Velho na última eleição e foi assassinado quando dormia dentro de casa. O habeas corpus já tinha sido negado na comarca de Itaporanga e agora João Estrela tem duas opções; recorrer da decisão da Câmara Criminal ou esperar o julgamento na cadeia.
Também na sessão da Câmara Crimina os magistrados denegaram, por unanimidade, um habeas corpus que visava por em liberdade Alex Roberto de Adonias Dantas, conhecido por “Robertinho”. Ele está preso desde 24 de janeiro deste ano, na comarca de Patos, acusado com mais 25 réus de participar de uma quadrilha que praticava comércio ilegal de armas no Sertão da Paraíba. O relator do processo é o desembargador Nilo Luiz Ramalho Vieira.
A denúncia foi ofertada pelo Ministério Público no dia 9 de março de 2008 e o parecer da Procuradoria Geral de Justiça foi pela denegação do habeas corpus. O grupo foi desmantelado pela Polícia Federal, dentro da “Operação Rede Marginal”, que também teria praticado homicídios e tráfico de drogas em vários estados brasileiros.
Conforme a denúncia do MP, Robertinho se mostra mais um traficante de armas de vários calibres. Para mostrar o poderio bélico do acusado, ainda conforme o Ministério Público, no mês de novembro de 2007, Robertinho teria crivado de balas à frente da casa de sua companheira.
Já nas informações extraídas da decisão do juiz de São Bento, Rúsio Lima de Melo, no processo 088.2008.000158-4, quando determinou a expedição dos mandados de prisão, ele afirma: “Robertinho é ex-presidiário e está em livramento condicional. Seu passado revela envolvimento com um plano de sequestro de familiares de um gerente do Banco do Brasil e cedido veículos ao grupo criminoso para a execução dos mais variados delitos.”
Os crimes de formação de quadrilha e comércio ilegal de armas tinham como base no município de São Bento que, segundo a Polícia Federal, é uma cidade mais fácil para “lavagem” do dinheiro fruto dos supostos crimes. Além do grande números de réus presos, 80 testemunhas já foram ouvidas no processo e a instrução penal foi concluída, faltando apenas a perícia nas vozes dos réus.
Ascom/TJ

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