Por Patos ser considerada uma das cidades mais importantes na rota do tráfico de drogas da Paraíba, como também do Nordeste, devido sua posição geográfica, acaba se tornando motivo até de chacota, numa lausão a essa triste realidade. É comum e corrente a brincadeira de que quando são detonados foguetões, é sinal que está chegando novo carregamento de maconha. Mas a onda de soltar foguetões é algo tão comum em Patos que não se pode associá-la à contravenção penal, porém à contravenção às leis ambientais.
É engrançado, para não dizer lamentável, a atitude de alguns empresários, donos de escolas, promotores de eventos festivos e até de igrejas, o ato de sair fazendo barulho a torto e a direito com esses fogos de artífico. Não se respeita sequer horários e locais para anunciar, com foguetões, lançamentos de produtos, serviços ou festas. O que dizer de idosos, convalecentes, crianças, hipertensos, pegos de surpresa pela explosão ensurdecedora. Hoje me senti ultrajado, insultado dentro de minha própria casa. Meu filho, de pouco mais de dois anos, tremia feito vara verde do susto das explosões, quando um desses carros de som, já fazendo aquela zuada costumeira, com os decibéis acima do permitido, para dar mais ênfase à campanha de vendas, bem na minha porta, acionou os benditos foguetões.
Não dá para entender essa atitude. Com tantos veículos de comunicação à disposição, seja rádio, tv, out door, cartazes, panfletos, internet, faixas, e por aí vai, inclusive o próprio carro de som, não ser suficientes para se propagar esses produtos. Acredito que deveria existir na cidade algum tipo de trabalho educativo, que conscientizasse a população sobre os riscos para a saúde do cidadão ao receber o impacto de tal barulho. Certa vez, em frente à Rede Pharma, soltaram um desses bichos que caiu na marquise uma um loja e por muito pouco não atingiu quem passava embaixo. Com a palavra os órgãos de proteção ambiental.
foto:garimpandopalavras
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