O governador do Estado da Bahia, Jacques Wagner, visitou anteontem as instalações da fazenda Tamanduá, localizada no município de Santa Terezinha, vizinho a Patos, no Alto Sertão da Paraíba. Ele veio conhecer os trabalhos voltados para o Semi-Árido, que estão sendo desenvolvidos no local, de maneira sustentável. Também participaram do encontro os secretários estaduais da Bahia, Ildes Ferreira (Ciência e Tecnologia) e Ailton Florêncio (Agricultura Familiar), o diretor do Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA), Roberto Germano Costa, e outros pesquisadores.
Projetos
A comitiva foi recepcionada pelo proprietário da fazenda, Pierre Landolt, que apresentou projetos realizados no setor da caprinocultura, bovinocultura e culturas irrigadas, a exemplo do cultivo do Pinhão Manso, um arbusto de flores pequenas, amarelo-esverdeadas, cujas sementes servem para extração de óleo, e o cultivo de algas para a produção de Biodiesel no Semi-Árido.
Satisfeito com o que viu, Jacques Wagner frisou que os governantes interessados em melhorar a qualidade de vida do povo nordestino, particularmente do Semi-Árido, não podem abrir mão de conhecer experiências positivas e inovadoras existentes nos vários Estados brasileiros. - Eu venho aqui para discutir e conhecer um pouco destas experiências, que utilizam as condições do Semi-Árido. Sabemos que estas condições não são problemas, são diferentes, e temos que aprender a conviver com elas – assinalou o governador.
A idéia de Jacques Wagner é estabelecer parcerias para a criação do Instituto de Tecnologia do Nordeste, que será instalado em Feira de Santana (BA), onde será montada uma Rede com todos os interessados em trabalhar em prol da Região. - A gente sempre deve buscar convergências. Nós temos Embrapa, INSA, as experiências do Pierre, da fazenda Tamanduá, e conhecimento de várias Universidades. Acho que a inteligência é ninguém achar que brilha mais do que o outro sozinho. O brilho maior é convergir toda essa luminosidade de conhecimentos sobre o Semi-Árido, para ajudar a produzir – frisou.
Fazenda Tamanduá
A Fazenda Tamanduá está situada no município de Santa Terezinha, a 319 quilômetros de João Pessoa, Paraíba. A presença de uma pequena serra, denominada Serrote Tamanduá, originou o nome da Fazenda. O proprietário é o europeu Pierre Landolt, um apaixonado pelo Semi-Árido, que vive na região há mais de 30 anos. - O que me trouxe até aqui foi o desafio, a vontade de conhecer novas realidades, povos e culturas diferentes – afirma ele.
Pierre classificou a visita desta sexta-feira como um momento muito positivo, inclusive para a aproximação entre as ações da Fazenda Tamanduá com o trabalho realizado pelo Instituto Nacional do Semi-Árido. - Uma das coisas que sempre me animam é ver pessoas que vêm aqui sem preconceito, para aprender o que está sendo feito, e tentar agregar algo. Isso é uma coisa maravilhosa e positiva. Acho que quando se tem a sorte de ter no seu Estado um Instituto especializado no Semi-Árido, onde trabalho há 32 anos, é grande uma oportunidade. Minha experiência é tão valiosa quanto e vale a pena ser contemplada, utilizada e aproveitada para o bem de todo mundo – asseverou.
Já o diretor do INSA, Roberto Germano Costa, parabenizou as iniciativas do Dr. Pierre e garantiu que esta foi a primeira, de outras visitas que acontecerão. Costa enfatizou que o Instituto tem o dever de incentivar e apoiar todas as experiências realizadas com êxito no Nordeste brasileiro. Numa reunião em breve, será elaborada uma agenda conjunta. - O dia foi muito interessante, o Instituto Nacional do Semi-Árido está muito contente em poder acompanhar esta visita. O Dr. Pierre está de parabéns pelo trabalho que vem desenvolvendo aqui, embora seja uma pessoa de outro país, de uma outra realidade, eu nunca vi tanta sensibilidade para os problemas da região e o quanto ele tem contribuído para mostrar que é possível viver com dignidade no Semi-Árido – finalizou.
Assessoria
Um comentário:
Gostaria de parabenizar os esforços realizados no intuido de melhorar a vida no semi arido brasileiro, notadamente com os trabalhos realizados com microalga da espécie spirulina, é uma microalga de viabilidade econômica para o nordeste superior, não sendo a mais adequada para biocombustível. Estão no caminho serto, parabens.
Aqui no ceará, ja detemos tecnologia para produção em larga escala, tanto que esteve mês passado o Diretor Presidente da Oil Fox S/A, Sr. Jorge Kaloustian, tendo como resultado o inicio de uma parceria para construir uma planta com capacidade de produção de 200.000 toneladas de microalgas para biocombustível.
Gostaria de me colocar a disposição para possivel cooperação, vez que temos o maior interesse em transformar nosso pais num dos maiores produtores de microalga do planete.
Franco Junior
algabio_franco@hotmail.com
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