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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Sem atendimento médico: Patos fará revisão de PPI com municípios que o tem como referência


Diretoria da CIRs






Os serviços de saúde oferecidos aos municípios da 6ª Região de Saúde, tendo Patos como referência, deverá ter sua PPI - Programação Pactuada e Integrada (PPI) revista para corrigir distorções que estão impedindo a população usufruir de consultas, exames especializados.

A PPI foi o principal assunto pontual da reunião da CIRs – Comissão Intergestores Regional do Sertão, ocorrida na manhã desta terça-feira no auditório da 6ª GRS, contando com a participação da maioria dos secretários municipais de saúde, que há muito tempo discutem a situação com Patos, responsável pela regulação de tais serviços.

O secretário de Saúde de Patos, José Francisco de Souza (Zeca), se comprometeu, junto aos colegas gestores, fazer uma revisão da PPI para tentar atender as demandas de cada localidade. O que ocorre é que cada município tem direito à quantidade X de exames, consultas, dentro do que foi pactuado pela CIRs, porém a demanda não vem sendo atendida a bom tempo, causando uma série de problemas à população, que fica desassistida.

Um dos maiores obstáculos para resolver esse problema tem sido a tabela defasada do SUS, que há vários anos não é corrigida e alguns fornecedores, como clínicas, deixaram de prestar determinados serviços, a exemplo de raio X, por causa do valor irrisório repassado pelo SUS. “Da forma como esse sistema está funcionando não há município que aguente. Nem mesmo a demanda de consultas especializadas e laboratoriais está sendo atendida”, explica a nova presidente da CIRs, Rosângela Ferreira.

Ela explica que o gestor de Patos se comprometeu fazer a revisão da PPI de cada município. “Nossa intenção, depois de todos os dados fechados, cada um sabendo os serviços que precisa e quanto dispõe, é fazer um consórcio para que essa demanda seja atendida”, comentou Rosângela. Um exemplo citado por ela sobre a defasagem da tabela SUS, é uma consulta, supondo de R$ 40,00 e o Sistema Único de Saúde só pagar R$ 10,00, o que para o fornecedor se torna prejuízo.

A gerente regional de saúde, Liliane Sena, lembra que esse problema é antigo e que houve acordo com o gestor de saúde de Patos, Zeca, endossado pelos secretários, ficando acordado que todos os municípios serão ouvidos individualmente nessa reformulação da PPI. “Essa pactuação não é difícil apenas para a região de Patos, mas para o Estado todo por ser muito antiga e os recursos não conseguem cobrir os cursos de hoje. Um consulta que fiz há seis anos seu valor não é o mesmo hoje, mas o recurso do SUS não alterou nada”, enfatiza Liliane,

Unacon

Outro assunto da pauta da reunião foi a Unacon – Unidade de Oncologia de Patos, que ainda não funciona, mesmo o prédio já ter sido concluído. A gerente regional pediu apoio aos secretários que sensibilizassem os prefeitos de suas respectivas cidades, na assinatura de um documento reivindicando do Ministério da Saúde a liberação de recursos que contribuam para a abertura e funcionamento da Unacon, serviço de suma importância para atendimento de pacientes portadores de câncer de dezenas de municípios sertanejos. “Hoje o Governo do Estado trava essa luta junto ao Ministério. Com o apoio dos gestores municipais da região essa ação se torna bem mais fortalecida”, disse Liliane.


Marcos Eugênio (Ascom – 6ª GRS)

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