Lendo material de Wandecy Medeiros enfocando a entrevista concedida por meu amigo Josivan Antero (PCB), o qual admiro bastante pela coragem de participar dos movimentos sociais, sindicais, fiquei surpreso quando ele diz não reconhecer a vereadora eleita Peteca como líder comunitária. Talvez ela não faça parte do cenário dos inúmeros manifestos que Josivam já encarou, mas menosprezar a origem política de Maria José dos Santos Venâncio, Peteca, 45 anos, 1.053 votos para o Legislativo patoense é um grande deslize, ou de conhecimento ou de memória.
Basta pensar um pouco sobre a expressiva votação alcançada por ela. De onde vieram esses votos se a mesma não teve dinheiro para comprá-los, como muitos fizeram, e a populção sabe bem disso? Será que a classe média e a considerada lta de Patos deu seu voto de confiança a Peteca? Claro que não. Ela não comprou votos, comprou reconhecimento por sua dedicação de buscar solução para problemas de muitos pobres como ela.
Voltando um pouco no passado, há 25 anos, teremos uma mulher sofrida, morando numa favela, envolvida com os problemas de sua comunidade, Sete Casas, onde foi presidente da Associação Comunitária. Foi através dela que os moradores conseguiram conquistas básicas como água, luz, calçamento, poço artesiano, construção de 137 casas, reforma de 87, construção de banheiros e do grupo escolar Inácio Fernandes. São ações que muitos vereadores que passaram pela Casa Juvenal Lúcio de Sousa não conseguiram. Por isso considero a humilde Peteca uma grande representante da classe oprimida, que sofre, peleja, mas não desisite da luta.
foto:garimpandopalavras
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