Nesta quarta (22), Dia Internacional de Atenção à Gagueira, cerca de 50 alunos, ex-alunos e professores do Unipê estarão das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Desembargador Boto de Menezes, localizada no bairro Treze de Maio, na Capital, realizando triagens nos 255 alunos do ensino fundamental e palestras para os professores. “De cada 10 crianças, entre 5 e 12 anos, em média três, têm pré-disposição para a gagueira.
A intervenção precoce deve ser feita na criança que tem, em média, 6 anos, para que o problema não se agrave e nem prejudique o desenvolvimento psicológico e o aprendizado escolar. Na gagueira infantil, temos resultados bem mais positivos. Daí, a importância da intervenção precoce. No caso da gagueira em adultos, consegue-se minimizar a alteração, com terapias fonoaudiológicas e, am alguns casos, aliadas a terapias psicológicas”, informou a fonoaudióloga e professora do Unipê, Isabelle Cahino Delgado, com especialização em Patologias da Linguagem e mestre em Linguística.
Projetos de extensão
Isabelle Delgado, que está coordenando a campanha, infomrou, ainda, que a estimativa foi feita de acordo com projetos de extensão realizados pelo curso de Fonoaudiologia do Unipê em escolas da rede pública do Estado, triagens em campanhas e atendimentos feitos pela Clínica-Escola da instituição. “Nas escolas, faremos triagens de fala e fluência nas crianças e aquelas que apresentarem fatores de risco para gagueira serão encaminhadas para locais de atendimento gratuito em João Pessoa, entre eles, a Clínica-Escola de Fonoaudiologia do Unipê”, afirmou.
5% da população tem gagueira
Segundo Isabelle Delgado, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Fluência revelou que 5% da população brasileira tem gagueira. “Na Paraíba, não temos uma pesquisa sobre a população total que tem a alteração. Mas para se ter idéia, de cada 10 pacientes que chegam à Clínica de Fonoaudiologia do Unipê, pelo menos um apresenta gagueira”, observou.
Fatores de risco para a gagueira
A fonoaudióloga Isabelle Delgado explicou que as duas causas mais comuns da gagueira são a pré-disposição hereditária e o fator neurológico. “Crianças que têm pré-disposição hereditária, ou seja, que possuem pai, mãe ou algum membro da família com gagueira têm maior probabilidade de ter a alteração. A outra causa da gagueira é o fator neurológico, ocasionado por algum tipo de lesão no sistema nervoso central, em especial nos gânglios da base”, afirmou.
fotos:www.apaesa.org.br/www.educacaosj.net
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