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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Secretária de Saúde de Passagem diz que PEC 241 aumentará prejuízos para os municípios

Rosângela Ferreira


Rosângela Ferreira Silva, secretária municipal de Saúde de Passagem, município localizado na região de Patos-Pb, analisa com preocupação a PEC 241, caso esta venha a ser aprovada em definitivo no próximo mês. Ela reclama do caos financeiro já enfrentado pelos pequenos municípios, citando como exemplo a queda do FPM, algo que vem ocorrendo desde de julho deste ano, gerando uma série de consequências negativas para a localidade, como atraso de pagamento a fornecedores e na folha de pagamento de funcionários contratados, não investimento em melhorias da cidade. “A população só cresce e as receitas caem. O FPM de 2013 foi superior ao de 2016, sendo que nesse intervalo tudo já subiu de preço. Algo contraditório que prejudica toda uma população”, comenta a secretária.

Para ela a polêmica PEC, que prevê congelamento por 20 anos em investimentos em áreas essenciais para a população, poderá agravar de maneira ainda mais intensa os serviços oferecidos aos habitantes. “Hoje os municípios brasileiros vivem um verdadeiro caos. Cito a saúde, na qual estou bastante ligada por ser gestora. Sem melhorias, investimentos, como poderemos prestar atendimento digno à sociedade?”, questiona.

O município de Passagem vem enfrentando crise em diversos serviços, inclusive naqueles pactuados com Patos, que é sua principal referência, o qual não vem conseguindo cumprir o que é de sua responsabilidade na pactuação, mesmo recebendo os recursos para isso. O abastecimento de água para consumo humano também está entrando em colapso. Com os mananciais chegando ao seu limite de oferta, a escassez do tão precioso líquido já provoca vômitos, doenças diarreicas, em ascensão, segundo Rosângela, que credita esses males à água imprópria para consumo. “Faz meses e meses que a gente não envia coletas de água para análise no Laboratório da Vigilância Sanitária de Patos, como foi pactuado, por que eles dizem que não há digitadores para alimentar com os dados”, diz Rosângela.

Passagem ainda está recebendo, de forma bastante reduzida, água de Coremas, que agoniza pelo fim de suas reservas hídricas. Dois carros-pipas faziam o abastecimento do município, sendo que a administração teve que contratar outro, aumentando suas despesas em mais R$ 6 mil por mês. Em recente audiência com o governador Ricardo Coutinho, o prefeito reeleito Magno de Bá teve a garantia que o Estado bancaria mais um caminhão-pipa para a localidade, a fim de amenizar o sofrimento dos moradores da referida localidade.


Marcos Eugênio (pbnoticias.com)

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