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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Correio da Paraíba censura jornalista por tratar de política em coluna

O jornalista e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Lúcio Vilar, comunicou o cancelamento de sua coluna “Caleidoscópio Midiático” no Jornal Correio da Paraíba, no qual publicava há cerca de 15 anos. Lúcio afirmou que o texto escrito por ele para a edição desta quarta-feira (20) sofreu censura por falar de política.
 
"Especialmente aos leitores da coluna `Caleidoscópio Midiático` que deixa de ser publicada no jornal Correio da Paraíba a partir desta quarta-feira, 20. Um abraço a todos que nos acompanharam durante mais de uma década", escreveu no Facebook.
 
O professor contou que foi surpreendido com email do Chefe de Redação do referido jornal, comunicando que sua coluna havia sido retirada da página já diagramada, sob a alegação de que a empresa havia decidido que conteúdos políticos não poderiam ser abordados nas páginas culturais. Ainda segundo Lúcio, o Chefe de Redação justificou que a coluna intitulada Deu no New York Times estava fora de contexto, e por isso havia sido excluída da edição. 
 
Confira a coluna
 
Deu no New York Times

Fundado em 1851, o The New York Times é considerado ainda hoje o mais influente jornal dos Estados Unidos com ressonâncias planetárias, dada sua tradição de credibilidade que lhe conferiu lugar especial na história do jornalismo contemporâneo. Ao veículo críticas podem ser imputadas, menos de que tenha tido em algum momento de sua trajetória posicionamentos editoriais à esquerda. Quem derrubou Nixon, por exemplo, não foi o NYT, mas o Washington Post.

Pois é, dito isso, vamos ao que interessa: além dos igualmente relevantes jornais e veículos The Guardian (Inglaterra), El País(Espanha), CNN (EUA) e Der Spiegel (Alemanha), o NYT condenou, em editorial, o `golpe de abril` transmitido em rede nacional no último domingo.

“Dilma, que foi reeleita em 2014 por quatro anos, está sendo responsabilizada pela crise econômica do país e pelas revelações das investigações de corrupção que envolve a classe política brasileira”, disse o jornal que já havia reiterado em matéria anterior a conduta de honestidade da presidenta da República.

Já o britânico The Guardian estampou: “Congresso hostil e manchado por corrupção”, enquanto o espanhol El País reforçou: “Deus derruba a presidente do Brasil”, citando os deputados que justificaram o voto pelo impeachment com argumentos de cunho religioso.

O espetáculo dantesco de pornografia política explícita – em nome de Deus e de torturadores – envergonhou o Brasil perante o mundo. Agora, somos a nova “república bananeira”.

Quem vai pagar por isso?!…

parlamentopb

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