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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Governo e hospitais da rede obstetra discutem microcefalia em Patos



Patrícia Assunção


Aconteceu nesta quarta-feira em Patos, no auditório da 6ª Gerência de Saúde, uma reunião técnica envolvendo os hospitais da 3ª e 4ª macrorregiões de saúde, Maternidade Peregrino Filho, com objetivos de discutir a implantação do protocolo estadual de atenção e cuidado aos casos de microcefalia; investigação dos casos e traçar um perfil epidemiológico nas notificações da doença no Estado, segundo informou Patrícia Assunção, gerente executiva de atenção à saúde da SES – Secretária de Estado da Saúde.

De acordo com o último boletim divulgado pelo Estado sobre microcefalia, existem 425 notificações de casos suspeitos na Paraíba, distribuídos por 72 municípios. Cerca de 70% dos casos foram notificados na região metropolitana de João Pessoa. Do total de casos, 21 foram confirmados, 30 descartados e o restante, 374 estão sob investigação. Cinco casos suspeitos evoluíram para óbito, sendo quatro infantis e um fetal. Houve a confirmação que dois desses óbitos tinham relação com o Zika Vírus.

A Maternidade de Patos, Dr. Peregrino Filho, está fazendo uma retrospectiva das crianças que nasceram a partir de 1º de agosto, convocando as mães para que os bebês façam exames de imagem e sorologia, para investigar se há casos de microcefalia.

A grande preocupação do Governo do Estado tem sido no combate ao mosquito da dengue, que transmite também a Febre Chikungunya e o Zika Vírus, que por sua vez tem relação com a microcefalia, uma malformação congênita que atinge bebês. Patos recebeu semana passada técnicos da SES, que se reuniram com representantes de diversos órgãos estaduais, a exemplo da saúde, educação, PM, Corpo de Bombeiros, Cagepa, Emater, para apresentar o plano de combate e pedir esforço concentrado de todos nessa luta contra o mosquito.

Os hospitais que realizam partos, maternidades, estão implantando um protocolo que visa prestar toda assistência necessária à criança, garantindo o acesso aos serviços, sendo dividido em três fases: Triagem: onde o bebê nasce, avaliação do perímetro cefálico, com exames físicos e entrevista com a mãe para se obter informações sobre seu pré-natal, a saúde dela; diagnóstico, com exame de imagem e sorológico e caso confirmação da microcefalia, acompanhamento da criança.

A questão de municípios que estão permitindo recesso aos agentes de endemias, algo preocupante, especialmente nessa época que antecede as chuvas, momento propício para a proliferação do mosquito, Patrícia explica que o próprio Ministério da Saúde lançou portaria revogando essa concessão.

“Estamos em força tarefa, inclusive já estamos com um aplicativo que é usado para denunciar os focos de dengue, podendo ser baixado para smartphone, sistema Android. Trata-se do Aeds na Mira, onde as pessoas podem tirar fotos e enviar para uma sala de situação localizada na SES, da qual fazem parte Bombeiros, PM e Exército, que receberão essas denúncias e darão tratamento à informação, tomando as medidas cabíveis para acabar com esses focos denunciados”, explicou Patrícia Assunção.

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