Por Misael Nóbrega de Sousa
Hoje Eu Resolvi Escrever O meu último poema. Nunca fui, na verdade, um grande poeta. Apenas, gastei as palavras. E elas não são como ecos... - na vastidão do cosmos, para se reproduzir tolices. Afinal, aspirar transformar as coisas é uma ambição bem distinta de apenas querer retratá-las. Um último poema não é, tampouco, como uma carta de adeus... - para que os amores fiquem congelados na frivolidade de um beijo.
Bem que esse meu último poema poderia ser um tratado de integridade, lisura e posteridade; para que eu pudesse findar com honra. Uma morte literária, simplesmente, graciosa. No entanto, sem a falsidade peculiar do que é garboso (os homens de minha espécie, por exemplo). No entanto, isso é pretensão; é exacerbação; é desejo.
E se o meu último poema fosse assim, tão cheio de resistência... – eu não teria por que deixar de ser poeta (por uma questão de vaidade ou, quem sabe, tolerância); o que seria um precipício para a mediocridade; uma certidão de inabilidade... - ao invés de um conceito legítimo - do que se mostra malogrado.
Melhor, mesmo, é parar de inventar dramas e admitir: - uma natureza, deveras, banal e sem inspiração... – embora, consciente da força dos versos (nada a ver com auto-piedade). Um último poema é, quem sabe, um último suspiro.
E se tudo tem um fim... - o que além de ser um alento; é, também, uma certeza... – haveria de chegar a minha hora. Mesmo quando o choro miúdo (do sepultamento) é a dor que se apresenta maior; ou ainda quando o esquecimento se faz presente, antes mesmo da saudade...
- Assim termina o meu derradeiro ato. - Um arremate franco de quem agora jaz na frialdade das letras.
Professor e Jornalista
Hoje Eu Resolvi Escrever O meu último poema. Nunca fui, na verdade, um grande poeta. Apenas, gastei as palavras. E elas não são como ecos... - na vastidão do cosmos, para se reproduzir tolices. Afinal, aspirar transformar as coisas é uma ambição bem distinta de apenas querer retratá-las. Um último poema não é, tampouco, como uma carta de adeus... - para que os amores fiquem congelados na frivolidade de um beijo.
Bem que esse meu último poema poderia ser um tratado de integridade, lisura e posteridade; para que eu pudesse findar com honra. Uma morte literária, simplesmente, graciosa. No entanto, sem a falsidade peculiar do que é garboso (os homens de minha espécie, por exemplo). No entanto, isso é pretensão; é exacerbação; é desejo.
E se o meu último poema fosse assim, tão cheio de resistência... – eu não teria por que deixar de ser poeta (por uma questão de vaidade ou, quem sabe, tolerância); o que seria um precipício para a mediocridade; uma certidão de inabilidade... - ao invés de um conceito legítimo - do que se mostra malogrado.
Melhor, mesmo, é parar de inventar dramas e admitir: - uma natureza, deveras, banal e sem inspiração... – embora, consciente da força dos versos (nada a ver com auto-piedade). Um último poema é, quem sabe, um último suspiro.
E se tudo tem um fim... - o que além de ser um alento; é, também, uma certeza... – haveria de chegar a minha hora. Mesmo quando o choro miúdo (do sepultamento) é a dor que se apresenta maior; ou ainda quando o esquecimento se faz presente, antes mesmo da saudade...
- Assim termina o meu derradeiro ato. - Um arremate franco de quem agora jaz na frialdade das letras.
Professor e Jornalista
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