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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Paraíba registra 1.800 casos de câncer de pele por ano

O calor e a luz do sol que atraem turistas de diversas regiões à Paraíba e as cidades do Nordeste conhecidas especialmente por suas belas praias, escondem um grande perigo para aqueles que ainda não aprenderam a se prevenir. Os raios ultravioletas (UV) podem causar insolações, queimaduras e também uma doença que só se manifesta depois de anos de exposição desprotegida: o câncer de pele. Considerado o tipo de mais comum de câncer, são registrados no Brasil anuamente 125 mil novos casos da doença e na Paraíba aproximadamente 1800 casos. 
Lesões graves
Entre os sinais de alerta da doença está o aparecimento de manchas escuras que estão crescendo ou mudando de cor e de feridas que não cicatrizam. A doença pode causar lesões graves na pele, nos ossos, atingir diversos órgãos do corpo humano (metástase) e até, nos casos extremos, levar à morte do paciente. Segundo dados da Sociedade Brasileira de 95% dos casos são do tipo carcinomas, que normalmente não causa a metástase. Esse tipo de câncer, porém, pode chegar a afetar os ossos e partes do corpo vizinhas a lesão. Já 5% dos casos são do tipo melanoma, que aparece principalmente em pessoas de pele clara (tronco dos homens e pernas das mulheres) e pode levar à morte. 
De acordo com o dermatologista Otávio Lopes, que trata da doença no hospital Napoleão Laureano (referência no tratamento do câncer na Capital), os números sobre a doença no país ocultam a realidade porque existe uma grande subnotificação dos casos . Segundo o especialista, no país tropical devem aparecer anualmente não 125 mil casos notificados, mas cerca de 1.200.00 (um milhão e duzentos mil) por ano. “Nós acreditamos que estamos perto dos EUA”, disse o médico. Essa subnotificação acontece porque muitos não procuram os médicos para tratar da doença e segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, muitos casos são tratados e ambulatórios e não são notificados. 
Prevenção
Otávio Lopes alertou que o câncer de pele é uma doença silenciosa, resultado de anos e anos de exposição solar. “A prevenção para o câncer de pele não é algo que podemos vislumbrar a curto prazo, pois os efeitos da radiação solar se faz notar décadas depois”, explicou o médico que também chamou atenção ao fato da proteção precisar ser maior durante as duas primeiras décadas de vida das pessoas. “Durante as nossas duas primeiras décadas tomamos 80% da radiação solar da vida. Educar os nossos jovens para a perfeita relação com o sol deveria ser material de saúde pública”, explicou. 
E a prevenção a doença requer um alto grau de conscientização das pessoas, que devem aprender a diminuir os efeitos nocivos dos raios solares. “A prevenção deve necessariamente passar pela fotoproteção adequada, uso de roupas, bonés, e bloqueadores solares”, esclareceu o dermatologista. 
Sobre o tratamento, a notícia é boa para os paraibanos. De acordo com Otávio Lopes, o estado está na vanguarda das técnicas de combate à doença. ‘O tratamento na grande maioria das vezes é simples e deve ser cirúrgico. Na impossibilidade da cirurgia podemos optar por outras formas de tratamento que vai desde radioterapia até técnicas bem modernas como terapia fotodinâmica. A Paraíba está na vanguarda no tratamento desta doença. Disponibilizamos todas as formas de tratamento, inclusive uma técnica cirúrgica extremamente requintada, chamada cirurgia micrografia”. Nessa cirurgia é retirada a lesão, na qual a cirurgia é controlada por um exame microscópico do tumor que mostra se ele foi totalmente retirado ou não.

Lindjane Pereira (paraiba.com.br)

Foto:einstein.br

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