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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Operação Mãe D’Água apreende peixes em fase de desova no Mercado de Patos

Peixes foram doados para instituições de caridade (foto:Marcos Eugênio)

Marcos Eugênio

A Operação Mãe D’Água, desencadeada por agente do Ibama e da Fiscalização Federal apreendeu na manhã desta sexta-feira no mercado público de Patos a quantia de 152 quilos de peixes (tupunaré, tambaqui, tilápia), sendo 29 quilos de curimatã ovada e 13,6 quilos de ova de curimatã, que estavam sendo comercializados de maneira irregular, em desobediência à legislação de proteção ambiental, já que estamos no período de desova.

Duas comerciantes foram detidas e autuadas em flagrante, as quais, além de multa mínima de R$ 1 mil, responderão criminalmente, em inquérito aberto na Delegacia de Patos. A operação em águas paraibanas teve início em primeiro de dezembro do ano passado e termina na próxima segunda-feira 28, segundo informou o agente ambiental florestal, Carlos Fernandes. 

Carlos Fernandes diz que a operação vai até segunda 28 (Foto:Marcos Eugênio)
“É uma fiscalização feita regularmente pelo Ibama nesse período de defesa da curimatã nos açudes de maior porte da Paraíba, inclusive os daqui de Patos, visando justamente preservar, dá segurança para que a curimatã possa se reproduzir e assim garantir a sustentabilidade à população mais carente que usufruiu desse recurso natural”, disse Fernandes, acrescentando que se ocorrer esse tipo de pesca predatória no período de reprodução, no ano seguinte não haverá possibilidade de uma comercialização viável. 

A comerciante Angelita Ferreira dos Santos, 64 anos, 40 deles dedicados ao comércio, em estado de choque, disse que o rapaz que lhe vendeu os peixes a obrigou a comprar junto a curimatã ovada. “Não sei como fazer agora para pagar os peixes que comprei para revender porque não tenho marido para me ajudar”, disse entre soluços. 

A entrada de peixes no Mercado de Carnes de Patos não exige do fornecedor qualquer documento a exemplo do que ocorre com a carne bovina e caprina, segundo a Vigilância Sanitária do município.  Os pescadores cadastrados recebem um seguro durante o período de reprodução dos peixes. A fiscalização tem que ser feita pelo Ibama, já que a competência não é do município. 

Carlos Fernandes, questionado pelo pbnoticias sobre a necessidade de um trabalho de orientação aos pequenos comerciantes de peixes do mercado de Patos em torno da legislação federal que proíbe pesca e venda desse produto, explicou que é algo que poderia ser realizado pelo município, que é uma unidade federalizada.

Todo o produto apreendido foi doado ao Lar do Idoso e ao projeto e à ONG Operação Resgate, para atender famílias carentes da área do Mutirão.

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