O TROTE EDUCATIVO EDUCA E HUMANIZA
O trote é secular e tem origem na Europa da Idade Média, período em que o conceito das universidades começou a ganhar dimensão e notoriedade. No Brasil, os trotes iniciaram-se após a chegada da Família Real, em 1808, época em que surgiram as primeiras universidades no país. Seguiam o modelo dos trotes realizados na Universidade de Coimbra, em Portugal.
Disseminados pelas instituições de ensino superior no Brasil, o trote quase sempre acontece nos primeiros dias de aula, sendo organizado pelos estudantes mais antigos e caracterizando-se como o acolhimento aos novatos. Normalmente começa por uma visita de alunos veteranos que vão as salas de aula para dar boas vindas aos calouros, e apresentar uma programação de acolhimento previamente elaborada
Contudo, é uma pena que, muito embora desde 2000, as universidades brasileiras venham estimulando a prática do trote solidário, o qual ganhou bastante espaço no âmbito acadêmico, lamentavelmente, registraram-se no país, nesses últimos dez anos, embora que casos pontuais, cenas de violência e até de óbitos em grandes instituições de ensino superior.
Na sua programação o trote educativo insere como atividades a serem executadas pelos calouros: palestras com tema sorteado na hora, representação cênica, declamação de poesias, interpretação de músicas, imitação de personalidades políticas e artísticas, improvisação de versos, repentes, e outros micos.
São incluídas ainda nesse trote algumas atividades do tipo: Solidárias: promover campanhas de doação de sangue, arrecadação de alimentos e roupas; visitar internos em hospitais, presídios, creches, instituição de longa permanência para idosos, dentre outras; Ecológicas: plantar árvores em determinadas áreas e participar de campanhas pela preservação da natureza; Cidadania: trabalhar um dia em uma comunidade carente; e Cultural: visitar espaços culturais, como museus, livrarias, bibliotecas, e outros.
Um lembrete amigo: se você é calouro e foi convidado para participar das brincadeiras, o ideal é ter serenidade, manter o espírito esportivo. O trote educativo faz parte da tradição universitária de quase todos os países do mundo. Portanto, uma boa regra é participar, não reagir essa é a melhor forma de evitar a violência em qualquer circunstância e de promover a educação e a paz no momento do trote.
Reconhecimento sincero.
Gostaria de, em nome de Kiara Dayse, cajazeirense e aluna do segundo período do curso de Odontologia, parabenizar a todos os veteranos e feras 2011.1, da UFCG, Campus de Patos, pelo exemplo de trote solidário realizado com crianças carentes e com dificuldades de aprendizagem do projeto Resgate. Aliás, durante nossa estada - 30 anos como docente universitário - na universidade sempre defendemos e apoiamos a realização de trotes solidários, pois eles servem para promover, além da solidariedade, a educação, a paz e a boa relação interpessoal. Parabéns.
Coluna publicada simultaneamente com o pbnoticias.com
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