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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Elba Ramalho se torna madrinha de projeto ambiental na Paraíba


A cantora Elba Ramalho formalizou hoje (5/12), no Rio de Janeiro, sua adesão como madrinha ao projeto Água: Fonte de alimento e renda - Alternativa sustentável para o semi-árido. Elba participou da gravação de vídeo institucional, divulgando as atividades do projeto, desenvolvido na comunidade de Uruçu, Município de São João do Cariri (PB). O projeto consiste na aplicação de técnicas de dessalinização de águas salobras (com salinidade superior a 0,5 ? e inferior a 30 ?) e salinas (com salinidade igual ou superior a 30 ?) do subsolo para gerar água potável.
O rejeito dessa dessalinização, por sua vez, é utilizado na criação de tilápias, na produção de alimentos hidropônicos (produzidos na água, com ausência do solo) e no cultivo da microalga Spirulina, base para a fabricação de medicamentos. O projeto é desenvolvido em parceria entre a Fundação Certi, de Florianópolis (SC); o Laboratório de Referência em Dessalinização da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); e os Laboratórios de Biotecnologia Alimentar e de Hidroponia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Desde 2006, a Petrobras patrocina a iniciativa, que foi contemplada na seleção pública do Programa Petrobras Ambiental. "O projeto é uma prova concreta de que existem alternativas para a região do semi-árido, tão castigada pelas secas", disse Elba Ramalho, no evento de hoje. O objetivo da iniciativa é promover o acesso dos moradores do semi-árido à água potável, muito escassa na região, possibilitando ainda a geração de renda.
"Com a utilização de um dessalinizador, as águas subterrâneas dessas regiões, que têm altos índices de sais, tornam-se próprias para o consumo. Ao invés do rejeito resultante da dessalinização ser devolvido ao solo, causando impactos ambientais, este é utilizado para atividades que geram renda para a comunidade, como a hidroponia", explica a diretora executiva do Centro de Referência em Ambientes de Inovação da CERTI e coordenadora técnica do projeto, Maria Angélica Jung Marques.

Alimentos e renda
De acordo com ela, as famílias já estão produzindo tomate, alface, tilápias e a Spirulina, que hoje não é produzida no Brasil e tem alto valor comercial. Utilizada principalmente para a produção de fitofármacos, a Spirulina seca contém de 55 a 70% de proteínas, aproximadamente duas vezes mais do que a soja e três vezes mais do que a carne bovina, com a vantagem de ser altamente digerível.
Além do consumo desses alimentos pela comunidade, o próximo passo será comercializar a produção, que só em alface chega a aproximadamente seis mil pés mensais, além de 230 quilos de tomate. As duas culturas devem render em torno de R$ 13 mil. As famílias terão ainda uma alternativa de renda, com a comercialização de tilápias, cuja produção atual chega a cinco mil peixes, o que deve gerar uma receita média mensal de aproximadamente R$ 4,3 mil à comunidade.

Quanto à Spirulina, a previsão é de faturamento mensal em torno de R$ 18 mil, com uma produção 450 quilos.Alternativa para o semi-áridoEm todo o semi-árido brasileiro, que ocupa cerca de 940 mil quilômetros - ou quase 8% do território nacional -, há grande quantidade de água no subsolo. O problema é a alta concentração de sais, o que a torna imprópria para consumo.
A ingestão excessiva dos sais presentes na água causa doenças e até a morte de animais. Além da água imprópria para o consumo, o semi-árido é uma região de seca, em decorrência da falta de chuva. As atividades predatórias no semi-árido nordestino provocam degradação e empobrecimento da natureza. A desertificação, transformação de uma área em deserto, é um dos fenômenos de maior impacto nesta região do País.
Gerência de Imprensa/Comunicação Institucional
fotos:net

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