A classificação do CSKA para a final da Copa da Rússia, conquistada na última quarta-feira com uma vitória nos pênaltis sobre o Dínamo de Moscou, foi pouco comemorada pelo técnico Zico, comandante de Vagner Love e companhia.
Em seu site oficial, o comandante do CSKA explicou que foi obrigado a realizar uma substituição logo aos 28min de jogo por um motivo inusitado e decepcionante: racismo por parte da torcida rival.
"Foi a primeira vez que presenciei dentro do campo uma atitude racista, e ela veio da torcida do Dínamo. Lamentavelmente, parte dos torcedores ficou gritando, imitando macacos o tempo todo e o Maazou (atacante nigeriano) acabou sendo afetado com a ofensa e não conseguiu jogar", testemunhou.
"Passei muito tempo tentando colocá-lo na partida, mas ele chegou a parar diversas vezes para discutir com torcedores. Fui obrigado a tirar o jogador. É muito triste ver isso acontecendo", emendou o ex-jogador, visivelmente decepcionado com o ocorrido.
O atacante Ouwo Moussa Maazou tem 21 anos e, na quarta-feira, disputou somente sua sétima partida com o time de Moscou. Zico espera que fatos como os ocorridos na partida contra o Dínamo sejam banidos do futebol e pediu à Fifa e à Federação Russa que tomem uma atitude.
"A Fifa vem combatendo esse tipo de situação e acredito que a Federação Russa também não vai se omitir. Sou defensor de punição severa a atos de racismo. O futebol é exemplo para jovens e leva a competição sadia sem diferenciar cor, raça, religião, nacionalidade. Não dá para aceitar que esse tipo de coisa aconteça", concluiu.
Terra
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