A Força-Tarefa Previdenciária, composta por servidores da Previdência Social, Departamento de Polícia Federal e Ministério Público Federal, deflagrou a Operação Cara de Pau que se iniciou na manhã desta quinta-feira (4), na cidade de Patos e outros municípios do Sertão Paraibano, prendendo quatro pessoas em flagrantes, sendo duas conduzidas para prestarem esclarecimentos por envolvimento em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Estado da Paraíba.
A Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão na Penitenciária de Segurança Máxima Procurador Romero Nóbrega e o diretor daquela instituição, Francisco Olímpio de Queiroga, da Polícia Militar, foi afastado imediatamente por decisão judicial proferida pela Justiça Federal. Ten. Olímpio está sendo acusado de ser cúmplice com a entrada de drogas no presídio. O pbnoticias apurou com familiares de alguns detentos, que não quiseram se expor, vários tipos de drogas entravam com facilidade na casa de detenção, desde cachaça, maconha, crack. Presidiários acabavam usando vários tipos de moedas para conseguir a droga, inclusive repassando alimentos levados por seus familiares. O presídio Romero Nóbrega já possui novo diretor. Trata-se do agente penitenciário Joaquim Martins.
A operação Cara de Pau levou este nome em razão de o grupo criminoso utilizar o mesmo modus operandi da Operação Cárcere, deflagrada em 2007 na mesma região da Paraíba, resultando em concessão do benefício previdenciário auxílio-reclusão para dependente de pessoas declaradas reclusas, com uso de certidões carcerárias falsas ou com dados adulterados e registros de paternidade retroativos. Naquela ocasião o rombo foi de R$ 3milhões à Previdência, sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão em vários municípios paraibanos
A retroação da paternidade e, consequentemente, do benefício, gerava pagamento de valores elevados, alguns deles chegando a 80 mil reais, o que chamou a atenção do Monitoramento Operacional de Benefícios do INSS, levando-o a acionar a Força-Tarefa Previdenciária.
A presteza da ação da Força Tarefa Previdenciária foi determinante para interromper as atividades do grupo criminoso enquanto as irregularidades estavam começando. Segundo avaliação preliminar, cerca de 15 benefícios foram concedidos irregularmente, somando mais de 300 mil reais de prejuízo aos cofres da União.
Redação com Assessoria da PF
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