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quinta-feira, 12 de março de 2009

Lula deve pedir a Obama fim do embargo a Cuba



Cuba não pediu a intermediação do Brasil – como fez a Venezuela – mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve pedir ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o fim do embargo econômico imposto à ilha há 50 anos. Os dois presidentes se encontrarão em Washington no próximo sábado (14).
Num contexto em que se fala da região, “é inevitável falar do tema de Cuba, mesmo sem mandato”, disse o ministro das relações Exteriores, Celso Amorim. “A relação dos Estados com Cuba é uma relação anômala em relação ao resto do continente. Não há dúvida de que é”, afirmou o ministro, ao falar sobre a visita que o presidente Lula fará aos Estados Unidos entre os dias 14 e 16 deste mês.
“Cuba é muito simbólica na América Latina para a maneira com que os Estados Unidos olham para a região e respeitam a diversidade. Esse respeito à diversidade é muito importante”, ressaltou o chanceler, lembrando que as recentes medidas de Obama, como a decisão de fechar a prisão de Guantânamo e a de permitir que cubanos que vivem nos Estados Unidos visitem a ilha, mostram que Cuba já está na agenda do novo governo.
Segundo Amorim, no encontro com o presidente americano, Lula dará grande ênfase a temas hemisféricos e ressaltará que é importante compreender as transformações políticas da América Latina, resultado dos anseios dos povos da região por mudanças sociais. “É, com modéstia e humildade, ajudar que o presidente Obama olhe para cá com a ótica certa, e a ótica certa tem que levar em conta os processos de mudança que ocorrem na América Latina e no Caribe”, explicou o chanceler.
Lula também tentará amenizar o clima tenso entre os Estados Unidos e alguns países da América Latina, como a Bolívia, que acaba de expulsar um diplomata americano do país, e a Venezuela, que manteve relações tensas com Washington durante o governo de George W. Bush.
“É preciso, dentro desse contexto, contribuir para que eventuais mal-entendidos que se tenham criado ou eventuais relações conflitivas que se criaram em certos episódios possam se dissolver”, reiterou Amorim. Na avaliação do ministro, Barack Obama estará aberto ao diálogo.
gência Brasil

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