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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Autoestima - uma leitura saudável para começar bem o dia!


Inácio Andrade Torres – 06/08/2010
TORTA É A MÃE QUE NÃO AMAMENTA...
Estamos vivenciando a XIX Semana Mundial do Aleitamento Materno, cujo tema é “Amamentação: apenas 10 passos”. Continuando nosso o ensaio sobre esse tema, apresentamos hoje uma abstração infantil e dois casos divergentes sobre o ato de amamentar.
O peito de mamãe
Aos dois anos de idade, Bruno sempre via a sua mãe amamentar sua irmã Ankilma de apenas três meses. Um dia, fortemente encarando o seu pai, perguntou:
- “Papai, Bruno come banana, biscoito, doce, maça e arroz, mas minha irmãzinha só come o peito de mamãe, né?
O bom exemplo!
Eu acompanhava sempre a minha esposa  na supervisão do Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem/ Profae em cidades do alto sertão da Paraíba. São João do Rio do Peixe era uma delas. Uma dia, na supervisão dessa cidade, assistimos a uma cena que nos emocionou bastante. Havia um casal que todos os dias andava de moto 6Km, da sua residência na zona rural para o colégio, onde aconteciam as aulas do curso de Auxiliar de enfermagem. Ele conduzia na moto a esposa e um bebê de 4 meses. Na escola, enquanto ela assistia às aulas, ele tomava conta da criança que sempre ficava dormindo em um colchonete, só acordando para mamar. Eram no mínimo duas mamadas durante o expediente de aulas. Via-se que a mãe do bebê o amamentava com satisfação e felicidade. Que belo exemplo de pais!
O mau exemplo!
Uma professora universitária, mãe de um bebê de pouco mais de dois meses, relatou-nos que o seu filho “abandonara o peito, abusou de mamar, e que conforme sua pediatra isso era normal!”. Nem foi preciso maior investigação desse caso. Em poucos minutos, a professora confessou que iria se ausentar de casa, deixando o filho com uma babá durante um mês, para fazer seu curso de doutorado. Estava explicado: ela, ao contrário da aluna do Profae, não queria dar o peito ao filho, e usou como álibi para justificar o desmame precoce a palavra da pediatra. Penalizo o bebê e, mais ainda, a professora, pois não sabe ela que está perdendo a oportunidade de desfrutar de um dos bens mais preciosos ofertados pela natureza: a amamentação - o vínculo mais forte da afetividade entre mãe e filho.
Lá do céu, D. Nenêm, a parteira citada em nossa coluna anterior, de certeza, estará a dizer: “essa é uma mãe torta”. Com o que concordamos. Lógico que há situações em que por motivos justos a mãe não pode amamentar. Mas são raras, raríssimas, essa situações, como por exemplo, portadoras de graves infecções e doenças crônico degenerativas.
Que Deus fortaleça as todas as nutrizes do Brasil.

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