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terça-feira, 2 de março de 2010

Lei obriga Cagepa colocar flúor na água de consumo humano da Capital

A Prefeitura de João Pessoa sancionou, no semanário do município de 14 de fevereiro, a Lei n°11.875, que dispõe sobre a fluoretação das Águas para o consumo humano no município de João Pessoa.
A Lei, apresentada pelo vereador Ubiratan Pereira (PSB), decreta que fica a Cagepa obrigada a estabelecer a colocação de flúor necessária no sistema público de água destinado ao consumo dentro do limite de João Pessoa.
A lei 11.875 determina em seu Art.2° que os projetos destinados à construção ou a ampliação de sistemas públicos de abastecimento de água na Capital deverão conter estudos sobre a necessidade de fluoretação da água para o consumo humano, de acordo com as normas e o padrão estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
O prefeito vetou apenas o Art. 3° que estabelecia competência ao município de João Pessoa, em parceria com o Estado, a elaboração dos projetos para instalação, operação e manutenção no sistema de fluoretação.
A alegação do executivo é que o artigo é inconstitucional, pois a legislação municipal não pode contrariar as normas gerais que traçam as diretrizes para a elaboração das leis.
De acordo com o vereador Bira, com a lei e o início do fornecimento de água fluoretada pela Cagepa os índices de cárie da população e a ocorrência de outros problemas dentários como obturações e extrações serão reduzidos consideravelmente.
Ele lembra que uma grande fatia da população não tem acesso a uma boa higiene bucal e a colocação do flúor na água reduziria os problemas dentários e o próprio investimento público em tratamento dentários.
"Desde o ano de 1974 existe uma Lei Federal que obriga os municípios, que já possuem sistema de abastecimento público, a realizar a fluoretação das águas, além de portarias que regem tecnicamente como o município pode se adequar dentro da Política Nacional de Saúde Bucal", ressaltou Bira.
Ele acrescentou que o próprio Ministério da Saúde fornece o suporte técnico e financeiro para a implantação da fluoretação em seu sistema de abastecimento e acredita que a Cagepa irá se adequar a nova legislação.
"No ano passado discutimos a fluoretação com o então presidente da Cagepa, Edísio Souto, que demonstrou interesse do órgão e do próprio secretário de saúde, José Maria de França em fornecer a água fluoretada à população na Capital e em outros municípios", explicou.

Índices de cáries caem em até 67% em crianças

O município de Baixo Guandu, no Espírito Santo, foi o primeiro do País a implementar a fluoretação da água em 1953 e os estudos epidemiológicos mostram que a redução da ocorrência de cáries nas crianças entre 6 e 12 anos caiu 67%.
"Isso representa um custo bem menor em demandas complexas, já que com menos dentes cariados também haverá menos restauração e extração?" avaliou a professora da UFPB, Ana Maria Gondim.
A professora Ana Maria acrescentou que estudos demonstram que o custo per capita anual do flúor na água é de apenas R$ 1,00 e, portanto, bem menor que os demais procedimentos odontológicos.
Para Ana Maria, por esses motivos é importante que a Lei Federal que regulamenta o flúor na água seja cumprida também em João Pessoa e outros municípios do Estado.
paraibaonline 

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