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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Autoestima - uma leitura saudável para começar o dia!


14 de novembro de 2009 -  Inácio A. Torres
O PEQUENO PRINCÍPE

Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry, ou simplesmente Antoine de Saint-Exupéry era filho do conde e condessa de Foscolombe. Nasceu em 29 de junho de 1900, em Lyon, na França e faleceu em 31 de julho de 1944, durante uma missão de reconhecimento sobre Mar Mediterrâneo. Foi escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha, porém seu corpo jamais foi encontrado.
Suas obras foram caracterizadas por alguns elementos em comum, como a aviação e a guerra. Escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França. Dentre seus livros destacam-se O aviador, Correio do Sul, Vôo Noturno, Terra de Homens, Piloto de Guerra, O Pequeno Príncipe, Cidadela e Cartas ao Pequeno Príncipe.
A coletânea de pensamentos desse autor é valiosa e imensa. Todavia, dentre sua vasta obra um romance chamou a atenção do mundo. Trata-se de O pequeno príncipe, livro de maior sucesso de Saint-Exupéry, e que foi escrito durante o exílio nos Estados Unidos, ensejo em que aproveitou para visitar o Brasil, fazendo estada em Recife.
De fato, o pequeno príncipe é uma obra de muita profundidade. Nela Saint-Exupéry derramou parte de sua filosofia e história de sua vida – precisamente o seu reencontro com seu mundo infantil. É uma obra que mostra as mudanças de valores, ensina a relevância e o significado de como procedermos na avaliação das coisas e das pessoas que nos queridas.
Li esse livro quando adolescente e tenho feito várias releituras, por isso recomendo a todas as pessoas. Para brindar o aniversário de sessenta anos de O pequeno Príncipe, extraímos o texto abaixo ao por nós intitulado:

CATIVAR É GESTO DE AMOR E DE RESPONSABILIDADE

- Por favor...cativai-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer! Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente. Respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada.
A linguagem é uma fonte de mal-entendimentos. Mas cada dia, te sentarás mais perto...
- Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
-  Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Adeus disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples. Só se ver bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- Os homens esqueceram essa verdade. Mas tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Coluna publicada simultaneamente com o pbnoticias.com

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