Aconteceu na manhã desta quinta-feira 15 na Câmara Municipal de Patos uma reunião promovida pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura, numa parceria com o Ministério da Cultura, para tratar de políticas que contribuam para o desenvolvimento da cultura dos municípios paraibanos. O evento contou com a participação do subsecretário estadual de cultura, Davi Fernandes, de José Mota Victor, membro do Conselho Estadual de Cultura, José Romildo de Sousa, presidente da Funes – Fundação Ernani Satyro, do gerente de cultura de Patos, Jamerson Ferreira, além de produtores culturais.
Na pauta foi discutido o Sistema Nacional de Cultura, que tem como proposta do Ministério da Cultura, juntamente com Estados e Municípios, tentar sistematizar propostas para a construção de uma política de Estado para o setor. O seminário, que teve como conferencista Alice Monteiro (Minc), mostrou aos presentes, dentre inúmeros subtemas abordados, a importância de se explorar a cultura, as singularidades, a identidade de cada localidade, as diversas formas de se conseguir recursos para o desenvolvimento de projetos. Uma catalogação das manifestações culturais de cada município está em fase de implantação e, a partir desta, se buscará recursos para a exploração das atividades. “A partir das propostas desse inventário que estamos realizando em todo o Estado, a gente vai fomentar essa política. Há recursos para tentarmos construir uma revolução cultural na Paraíba”, explicou Davi.
Ele explicou que está havendo boa receptividade dos gestores municípios para esse trabalho, cujo seminário vem ocorrendo em todas as regiões de nosso estado. Uma outra idéia da Secretaria de Educação e Cultura é a descentralização, com cada região trabalhando suas potencialidades, os recursos também sendo distribuídos por região.
Hoje na Paraíba 48 municípios não possuem biblioteca. Esta é uma das propostas levadas aos municípios para que esse serviço chegue ao povo, não apenas como depósito de livros, mas com conforto, espaço climatizado onde as pessoas compareçam para aprender e orientação. Davi aponta que um dos grandes problemas que impedem falta de atitude de alguns gestores na busca pelo desenvolvimento da cultura local é justamente a falta de comunicação. “Fontes temos para fazê-las aparecer. Faltam projetos, boas iniciativas que possam fazer o resgate das manifestações culturais de cada município. A Paraíba é um grande celeiro cultural”, enfatizou Davi Fernandes, adiantando que a meta é apenas fazer a cultura aparecer para o lazer, entretenimento, mas gerar receitas, renda para a população.
O vereador e membro do Conselho Estadual de Cultura, José Mota Victor, disse que a cultura foi relegada a segundo plano em todos os municípios em virtude da falta de recursos, quando é preciso investir muito em educação, saúde e infraestrutura, e nunca sobra para a cultura. Sobre como Patos tem encarado a valorização aos costumes, mesmo com a barreira financeira no caminho, fala que a biblioteca municipal, a maior da Paraíba, o Centro Cultural Amaury de Carvalho, são exemplo de que há uma certa preocupação em oferecer espaços para o desenvolvimento do conhecimento, o acesso da população às artes.
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