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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Autoestima - uma leitura saudável para começar o dia!



Inácio Andrade Torres – 15/10/09


O cavalo e o burrinho


De certeza muitas pessoas lembram de Tehobaldo Miranda Santos. Ele nasceu no interior do Rio de Janeiro em 1904 e formou-se em Farmácia e Odontologia em Minas Gerais, notabilizou-se na carreira do Magistério lecionando Física, Química, História Natural e mais tarde Filosofia e História da Educação. Autor de mais de 150 obras literárias, a maioria de cunho didático, Theobaldo Miranda se aposentou em 1958, falecendo em 1971 aos 66 anos. Foi professor catedrático do Instituto de Educação da Faculdade de Filosofia de Santa Úrsula (RJ) e da Universidade Católica do Rio de Janeiro. Contribuiu bastante para uma boa formação dos professores primários brasileiros, através de seus apreciáveis manuais. Era um profundo conhecedor da língua portuguesa e tinha excelente volume de leitura no campo da metodologia, filosofia, psicologia e didática. Era um pedagogo humanista.


Guardo, com muito carinho, alguns exemplares de sua maravilhosa coleção intitulada Brasil, minha Pátria. Dela, extraí para a coluna de hoje, o texto abaixo, que é uma verdadeira aula sobre a relevância da solidariedade.


"Belo, forte e gordo, um cavalo trotava pela estrada. Não tinha arreios e nada transportava. A seu lado, arrastava-se um burrinho magro, levando uma carga maior do que ele. A certa altura, o burrinho parou e suplicou ao cavalo:


- Amigo! Ajude-me por favor! Não suporto sozinho esta carga! Estou morrendo de cansaço!


O cavalo estacou e gritou irritado:


- Ora bolas! Não me amole! Não tenho nada com sua carga. Além disso, sou um cavalo de alta linhagem. Não posso dar confiança a um pobre burro, como você.


- Queira desculpar, meu senhor, disse o burrinho. Farei tudo para não o incomodar de novo. Levarei sozinho a minha carga.


O burro tentou caminhar. Mas foi em vão. Caiu na estrada e alí mesmo deu o último suspiro.


O dono dos animais não perdeu tempo. Passou toda carga para o lombo do cavalo. Depois, esfolou o burrinho e pôs a sua pele em cima da carga.


O cavalo não tardou a chorar a morte do seu companheiro:


- Se tivesse ajudado o burrinho, pensou ele, só estaria com a metade da carga. Agora tenho de transportar tudo e mais a pele do meu companheiro..."

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