O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informou que a proporção de brasileiros maiores de 15 anos fumantes caiu 2,8 pontos percentuais, de 18,8% para 16%, entre 2003 e 2009 (variação de 14,89%). Segundo o Inca, a queda pode ser atribuída a campanhas de conscientização sobre os perigos do tabagismo.
Entre 1989 e 2009, a queda foi ainda mais expressiva: de 32% para 16%, mas a população rural entrou no universo pesquisado do estudo mais antigo e não foi analisada na amostragem mais recente. No final da década de 1980, as campanhas antitabagismo do governo federal tornaram-se mais frequentes.
Citando o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, o Inca afirma que as imagens e frases impressas nos maços de cigarro deixaram 48,2% mais propensos a parar de fumar e impediram que 39,1% dos fumantes apanhassem um cigarro quando estavam prestes a fumar nos últimos 30 dias.
Ainda de acordo com o mesmo estudo, 61,6% dos fumantes (e 83.2% dos não-fumantes) disseram que as advertências os fizeram pensar, um pouco ou muito, sobre os riscos à saúde provocados pelo tabagismo.
Lei antifumo em SP
O médico pneumologista da Divisão de Tabagismo do Inca, Ricardo Meirelles, afirmou que restrições como a que entra em vigor a partir da 0h de sexta-feira em São Paulo são dos fatores que mais motivam um fumante a parar de fumar. Mas a iniciativa beneficia mais os fumantes passivos por acabar com a chamada "fumaça ambiental do tabaco".
"É preciso a consciência de que se trata de um problema de saúde pública o tabagismo passivo", diz. Segundo ele, os benefícios da nova legislação podem demorar a serem sentidos. "No caso das doenças vasculares, isso é imediato, mas no câncer e na enfizema pulmonar toma mais tempo", explica.
Segundo o Inca, o ar poluído com a fumaça de cigarro contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.
Capitais
São Paulo tem hoje um percentual de 21% de fumantes, sendo a capital com maior percentual de tabagismo. A população que menos fuma entre as capitais é ade Maceió, única que ficou abaixo dos 10%.
Confira o percentual da população fumante dividido por capital:
Belém 13,5%
Belo Horizonte 19,3%
Boa Vista 17,4%
Campo Grande 19%
Cuiabá 13,6%
Curitiba 18,2%
Florianópolis 17,6%
Fortaleza 11,8%
Goiânia 14,1%
João Pessoa 12,2%
Macapá 16%
Maceió 9,8%
Manaus 13,4%
Natal 12,5%
Palmas 13,2%
Porto Alegre 19,5%
Porto Velho 17,9%
Recife 10,4%
Rio Branco 18,1%
Rio de Janeiro 16,6%
Salvador 10,%
São Luís 10,1%
São Paulo 21%
Teresina 12,6%
Vitória 13%
Distrito Federal 15,8%
Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário