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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Espiritismo


A crença na imortalidade e sua aplicação ética

Severino Neto

                  O tempo tem se encarregado de apresentar padrões mais justos, dignos e harmoniosos.
               É na Grécia antiga que o termo ethos, referente ao modo de ser do indivíduo, ou ao caráter do ser humano, inicia seu aparecimento. Sócrates, Platão e Aristóteles foram os primeiros a se empenharem, a fim de que vigorasse na sociedade em que estavam inseridos os ecos da ética.
               A criatura humana está mergulhada na imortalidade. Quando sondamos a história, verificamos que a crença no continuar da vida está registrada em todas as civilizações.
               Entretanto, perguntamos: O que tem haver ética com imortalidade? Haverá alguma relação mais estreita entre a continuidade da vida e os padrões de moralidade?
               Iniciamos este texto na busca de situar o leitor acerca do que seja uma e outra coisa. Há mais de dois mil anos, Jesus, O Meigo Rabi da Galiléia, exortou a humanidade para que procurasse entender sua própria natureza. Aparece a Maria Madalena, encontra-se com os seus discípulos, embora houvesse dito, “A carne para nada serve, o ESPÍRITO é que dá vida”, até os dias atuais acredita-se que Jesus ressuscitou de CORPO E ALMA. Paulo em sua I Epístola aos Coríntios, notadamente no capítulo quinze, versículos de quarenta a cinquenta irá dizer que há corpos animais e corpos espirituais. Encontra-se registrado na história da humanidade relatos e outros nomes diferentes daquele usado pelo apostolo dos Gentios. Na Índia Védica o Corpo Espiritual recebe o nome de mano, maia e kosha, entre os sacerdotes egípcios seria chamado de kha ou bai, adiante, no meio budista, receberia o nome de kama-rupa.
                      As terminações não param por ai, pois, entre os hermetistas, exoteristas, teosofistas, iria ter como denominação de corpo astral. Por sua vez, Paracelso chamá-lo-ia de corpo sidério. Mas, os que estamos querendo dizer, utilizando tantos nomes diferentes, é que sempre existiram aqueles que davam notícias dos que já haviam partido para o “mundo de mais além”.
                      O ser é imortal, disso não temos a menor dúvida. Porém, como utilizar esta informação, adequando-a com os padrões de retidão, justiça e moral?
                       Em primeiro lugar precisamos entender que a morte chegará para todos, de forma democrática, se assim pudermos nos expressar, ela convida ao pobre, o rico, o branco, o preto, o feio, o belo, sem poupar ninguém. O que deve permanecer, no entanto, é que ninguém morre, e teremos que nos encontrar com os nossos feitos praticados na matéria, cujas consequências nos alcançarão do outro lado da vida.
                  Allan Kardec, perguntaria aos espíritos, na obra O Livro dos Espíritos, na questão 799: De que forma o Espiritismo contribuiria com o progresso? Os espíritos informariam que o combate ao materialismo seria a maior tarefa da Doutrina dos Espíritos. Isto é esclarecedor, haja vista que as nossas práticas vinculadas aos vícios têm sua base no materialismo.
                   Observamos que os mais bárbaros crimes, como também os que são considerados leves, têm como alicerce a descrença na continuidade da vida após a morte, ou a ignorância nessa ideia.
                  O Apóstolo da Mediunidade, Chico Xavier, considerava a todos, tanto aqueles que estavam no corpo físico, como os que já haviam abandonado a vestimenta carnal. Às vezes, comparecemos aos funerais, sem nos darmos conta de que nossa desconsideração pela família do defunto, como pelo próprio morto. Quando formos realizar tais visitas, não nos utilizemos de anedotário, fofocas e outras práticas que possam afetar diretamente ao desencarnado. Vale lembrar, a morte é apenas a passagem para o outro lado da vida.
                  Se você “perder” alguém pelo fenômeno da morte, não se esqueça dos que ficaram no corpo carnal. Amemos aos que partiram, eles cumpriram suas jornadas, lembremo-nos dos que permanecem conosco
                   A crença na imortalidade deverá nos proporcionar atitudes mais fraternas, retas e honestas, isso é ÉTICA, DINÂMICA DO AMAR.

Severino Neto escreve para o garimpandopalavras e pbnoticias.com, com sua coluna Reflexões

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