À MINHA TERRA NATAL
Inácio A. Torres
Patos é minha terra natal. Dela guardo lembranças que me vivificam. Dela tenho saudades que me fortalecem.
Dizem que os provérbios são traidores, mas continuo crendo que profeta também se é na terra natal, e que recordar é viver, embora o grande Alcides Carneiro insista em dizer: “recordar é viver de lembranças e viver de lembranças é morrer de saudades”.
Particularmente, tenho a crença de que boas lembranças e boas saudades prolonguem a vida. Também assim pensava o filósofo popular Antônio Tranca Rua (foto). Mais ainda: graças a memória posso rever imagens de um cotidiano feliz, como: os rios Cruz, Farinha e o velho Espinharas quando desciam açodados animavam a molecada. O Jatobá que em dias de sangria era uma grande festa. O banho de biqueira em frente da casa onde nasci na rua Padre Anchieta, bairro Santo Antônio. A barragem de D. Elvina. Tudo é água de vida e pingos de lembranças e de saudades.
Os comícios de Zé Cavalcante e de Zé Gayoso. Os discursos de Ernany Sátiro. O corujão de Edivaldo Mota. O vozeirão de Rui Gouveia. O bloco de Zé e Expedito Romão. O Ginásio Diocesano do tempo do Padre Vieira. Os forrós na quadra do Tiro de Guerra. As tertúlias do Clube do Estudante Universitário, no bairro de Belo Horizonte. A procissão dos homens durante a Semana Santa comandada pelo padre Levi. A crônica das doze do padre Joaquim de Assis. As aulas de música de Barrinha e de padre Carlos. O português ensinado pelo professor Messias. A indonésia D. Lyn com sua metodologia que tanto facilitava a aprendizagem do Inglês. E muitas outras imagens estatuidas no cérebro e no coração. Deus proteja minha terra e os que nela vivem tenham futuro promissor.
Até a próxima.
Coluna publicada simultaneamente como pbnoticias.com
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