Defensores da legalização dizem que vender maconha em lojas comuns significaria bilhões de dólares por ano em impostos, ajudaria a financiar escolas e, de quebra, seria um golpe no tráfico de drogas, um problema que cada vez mais avança do México em direção ao lado norte da fronteira.
Os críticos afirmam que, se a maconha for liberada, a Califórnia se transforma em uma terra de loucos: com enfermeiras drogadas, motoristas alucinados e cada vez mais adolescentes perdendo o rumo por conta dos efeitos entorpecentes daquilo que hoje, praticamente no mundo inteiro, é uma droga ilegal.
Os californianos vão às urnas para dizer se querem ou não que a maconha seja vendida em lojas especializadas, da mesma forma que acontece hoje com o álcool. Se a lei for aprovada, à meia-noite da próxima terça-feira qualquer pessoa com mais de 21 anos de idade na Califórnia poderá pela primeira vez na história fumar maconha no meio de uma rua nos Estados Unidos, na frente de todo mundo, sem problemas.
A consequência - para o bem ou para o mal - pode ser um efeito dominó primeiro aqui e, depois, pelo mundo.
Maconha para uso medicinal já é legalizada na Califórnia desde 1996. Outros 13 estados americanos, além da capital, Washington seguiram a mesma trilha e em alguns deles conseguir uma receita para fumar maconha é quase tão simples quanto tomar um remédio pra dor de cabeça.
Os defensores da legalização contam agora com o apoio até financeiro do bilionário George Soros, e de vários artistas de Hollywood. Do outro lado estão o governador Arnold Schwarzenegger e o presidente Barack Obama, que são contra a proposta.
E se os californianos começarem a plantar e fumar maconha livremente estarão criando um conflito entre estado e União: o procurador-geral da República, Eric Holder, disse que as autoridades federais vão continuar aplicando a lei federal e que o estado da Califórnia estaria atrapalhando a guerra contra o narcotráfico.
G1
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