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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

AUTESTIMA – UMA LEITURA SAUDÁVEL PARA COMÇAR BEM O SEU DIA

Inácio Andrade Torres
A RESPOSTA DO ÍNDIO
Com o passar do tempo a relação do homem com a natureza sofreu várias modificações. Um exemplo desses está registrado numa carta escrita pelo chefe de uma tribo indígena Seatle, dos Estados Unidos, dirigida ao 14º presidente norte-americano, Franklin Pierce, em 1854.
O fato. O presidente dos Estados Unidos fez uma proposta de compra das terras dessa tribo e o cacique respondeu com uma carta muito simples, cujo teor perpetua-se como um dos mais belos e exemplares textos em defesa do meio ambiente. Confira abaixo alguns trechos da missiva do índio.
“Como posso  vender o céu ou a terra? Esta ideia é estranha para os. Não somos donos da brisa da manhã, nem do brilho das águas [...] A água cristalina nos rios é o sangue de nossos antepassados. O murmúrio dessas águas é a voz dos pais de meus avós. O vento que deu ao meu avô seu primeiro alento, também recebeu seu último suspiro. A terra é nossa mãe.
Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas [...] e o homem – todos pertencem a mesma família [...] o ar é precioso para o índio pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro – o animal, a árvore, o homem [...] A terra não pertence ao homem; o homem pertence a terra [...] Há uma ligação em tudo.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas ou o bater das assas de um inseto[...] o ruído perece somente insultar os ouvidos [...] O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo que fizer ao tecido, fará a si mesmo [...] Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra [...] Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos sejam domados, os recantos secretos da floresta impregnados de cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É fio final da vida e o início da sobrevivência”.
 
Coluna publicada simultaneamente como pbnoticias.com

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