Cerca de 24 horas depois que três auxiliares do governo garantiram, em Sessão Especial da Assembléia Legislativa, que não haveria demissões em massa de servidores comissionado e prestadores de serviços, deputados da bancada oposicionistas voltaram a denunciar o afastamento de servidores por motivação política no interior do Estado. O democrata Lindolfo Pires (DEM) denunciou na tribuna da Casa, na tarde desta quarta-feira (01/04), a demissão de 45 prestadores de serviço do Hospital Regional de Sousa.
Segundo o parlamentar, as demissões teriam motivação política, uma vez que não existiu qualquer documento que legitimasse a decisão “tresloucada e irresponsável” da nova direção do hospital. Lindolfo Pires declarou que na noite desta terça-feira (31/03), não houve sequer jantar para os médicos e pacientes do hospital, “porque todos os servidores da copa e cozinha foram afastados de suas funções, indiscriminadamente e sem nenhum critério”.
De acordo com a denúncia do deputado, entre os servidores muitos têm entre dez e quinze anos de serviços prestados ao Estado e que precisariam apenas de uma melhor qualificação profissional. Para Lindolfo, os que estão assumindo as funções de auxiliar de enfermagem no lugar de quem estava na UTI há dez anos.
- São profissionais totalmente despreparados e sem experiência alguma para a função. E o pior é que, diante disso, os próprios pacientes passam a correr riscos até de morte, por estarem sendo cuidados por pessoas sem qualquer conhecimento da técnica de atendimento, ou embasamento teórico e prático para isso – observou.
O deputado relatou o caso de uma prestadora serviço afastada de suas funções mesmo estando gestante. Segundo ele, a servidora pode até mesmo ter perdido a criança diante do choque emocional que sofreu ao receber a notícia de que perdeu o emprego, na manhã desta quarta-feira, ao chegar ao hospital para trabalhar.
EM QUEM ACREDITAR?
O deputado, que é o atual 1º Secretário da Assembléia Legislativa, se reportou à Sessão Especial, quando os secretários convocados – Antônio Fernandes (Administração), José Maria de França (Saúde) e Sales Gaudêncio (Educação) –, juntamente com o líder do governo, deputado Gervásio Maia Filho (PMDB), se comprometeram de que não haveria demissões em massa no Estado.
- Em quem vamos acreditar, a partir de agora, quando os auxiliares e o líder do governo afirmam uma coisa e seus subordinados fazem outra? Qual é a palavra que vale: a dos secretários e do líder do governo, ou a do diretor do Núcleo Regional de Saúde e a do diretor do hospital. Precisamos obter uma resposta – questionou.
Lindolfo Pires solicitou ao líder governista Gervásio Maia que intercedesse junto ao Núcleo Regional de Saúde e à direção do Hospital regional de Sousa sobre
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