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sábado, 4 de abril de 2009

Cresce taxa de infertilidade masculina, revela pesquisa


Em meio a uma era de significativos avanços médicos e científicos, a humanidade se depara com um enorme problema que vem aumentando a cada dia: a infertilidade, especialmente a masculina. Em pesquisa realizada recentemente pela Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia, chegou-se à constatação de que a infertilidade masculina vem aumentando gradativamente nas últimas décadas.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que os homens são responsáveis por 40% dos casos de esterilidade. Números bem alarmantes para uma espécie caracterizada naturalmente pelo baixo índice reprodutivo - o ser humano se reproduz bem menos se comparados a outros animais.
Dentre as principais causas destas estatísticas, estão os hábitos de vida pouco saudáveis da atualidade, bem como problemas ambientais, dentre os quais se pode destacar a poluição do ar e a má qualidade da água consumida pela população.
"Aqui no Rio, nossa água vem toda da Paraíba do Sul. Ela recebe filtragem no meio do caminho, mas isso não ocorre em todas as regiões do estado" avaliou a bióloga Christina da Rocha. "Esses resíduos em alta contagem podem afetar a fertilidade em longo prazo, assim como a poluição do ar, uma vez que estamos perdendo a camada de ozônio, nosso filtro natural.¿
TécnicasProporcionalmente ao aumento da infertilidade, cresce o número de reproduções artificiais. As antes raras fertilizações em laboratório são as únicas saídas para milhares de casais do Brasil e do mundo.
"Há 30 anos, quando nasceu o primeiro bebê de proveta no mundo, não tínhamos a expectativa de que isto tomaria grandes proporções" conta o médico João Ricardo Auler, membro da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida, da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana.
Dentre os métodos de reprodução artificial, um dos mais usados e indicados atualmente pela medicina é a fertilização in vitro. A vertente mais moderna deste tipo de tratamento é a chamada Super-ICSI. Trata-se de uma injeção intracitoplasmática de espermatozóides selecionados morfologicamente, a qual permite aumentar em até 20 mil vezes o espermatozóide para avaliação clínica, enquanto no espermograma tradicional o máximo é de 400 vezes. Por ser muito nova, a técnica está disponível em apenas três clínicas do Brasil.
"Em 2007, um grupo de israelenses revolucionou a técnica conhecida como ICSI, aumentando a probabilidade de gravidez para 66,3%, quando ela era de 30 a 45 % com a ICSI tradicional" explica Auler, que é diretor médico da Pró Nascer, uma das poucas clínicas que já contam com o método no Brasil.

JBonline


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