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domingo, 14 de março de 2010

O PODER NA RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS


 
Iara da Silva Machado
O poder é um elemento da relação entre pais e filhos. Ele permite aos pais imporem limites, uma coisa que toda criança quer e é necessário. Para alguns pais, ter poder significa ameaçar o filho, humilhar ou aplicar o castigo físico; outros pais são permissivos em excesso e até sentem que não tem nenhum poder sobre os filhos.
É importante que os pais evitem humilhar e desmerecer a criança quando for necessário corrigi-la. A criança que foi agredida física ou verbalmente, sendo chamada de relaxada, má ou burra, poderá consciente ou subconscientemente utilizar o mecanismo de rebelar-se contra os pais ao invés de agradá-los.
Os pais que recorrem a métodos de humilhação ou agressão física fiquem atentos e busquem modificar a relação de poder, tornando-a uma relação de sentimentos positivos e compartilhada. Essa modificação pede sacrifícios dos condicionamentos comportamentais, muitas vezes arraigados por longos anos na estrutura dos pais,  podendo exigir paciência, tolerância e compreensão. Os pais serão convidados a corrigir antigos padrões de conduta disciplinar, para num esforço maior construir uma relação baseada na confiança e não na intimidação. Para trabalhar tais mudanças é importante saber que:
·         Todos os sentimentos manifestos pelos filhos são permissíveis, mas nem todos os comportamentos o são.
·         A relação pais e filhos não é predominantemente democrática. Cabe aos pais determinar quais os comportamentos permissíveis. A partir de uma negociação respeitosa, devem estabelecer as regras e as conseqüências de transgressão, ainda dentro dessa negociação.
Como pessoas amadurecidas os pais sabem quais são os comportamentos de risco.
John Gottman (1997) em seu livro Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos, elucida que há pesquisas que indicam que, as crianças cujos pais sabem lidar bem com essa relação de poder, desenvolvem maior confiabilidade, respeitabilidade e afeição pelos pais.
Gottman (1997) ainda afirma que o cérebro infantil é naturalmente programado para receber amor, carinho, segurança e compreensão. Os filhos desejam ser afetuosos e dóceis, desejam explorar o que os cercam, saber o que é certo e errado, o que é bom e ruim. Querem conhecer os perigos do mundo e como evitá-los. Querem muito acertar, se tornarem seres produtivos numa sociedade que cobra sucesso, poder e resultados mecanicistas (materiais e intelectuais). Os filhos querem ser o tipo de pessoa que os pais possam amar e admirar.
Como pais, com todas essas forças naturais em seu favor, vocês podem confiar nos filhos e aceitá-los como são, mostrando para eles que vocês confiam nos sentimentos deles e que eles não se encontram sozinhos no mundo.
Os filhos podem aprender através da aceitação parental que a amorosidade é a mais poderosa energia de conduta para uma vida equilibrada, e que num mundo de desafios constantes re-conhecer a família como um porto seguro de leis estáveis é imperativo para o esforço contínuo da busca da saúde integral.

Omagem:fotos.sapo.pt
coluna publicada smultaneamente com o pbnoticias.com

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