O Engenho Corredor, em Pilar, começa a mudar de cenário. O que antes era um imóvel cercado pelo mato e com problemas de instalação, que comprometiam sua integridade física, alavanca, a partir de agora, um longo processo de restauração e revitalização. Técnicos do Iphaep – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba – estiveram no local e constataram: os proprietários Alba e Joaquim Soares já iniciaram os serviços emergenciais de limpeza do terreno, onde brincava, quando menino, o escritor José Lins do Rego.
“Vamos refazer a estrada que liga Pilar ao Corredor; refazer o ambiente das cajazeiras, dos jenipapos”, sugeriu o diretor do Iphaep, Damião Ramos Cavalcanti. “Este é um sítio histórico da maior importância. O universo que inspirou José Lins do Rego é conhecido e estudado não apenas nacionalmente, mas também internacionalmente, nas Universidades de Moscou e Sorbone”.
Segundo ele, o poder público estadual quer trabalhar de mãos dadas com a Prefeitura de Pilar e os proprietários do Engenho Corredor, para recuperar e dar vida ao ambiente da casa e seu entorno “Não vamos por qualquer dificuldade para a concretização das obras e a revitalização deste bem de valor inestimável”, garantiu Damião Cavalcanti.
A prefeita de Pilar lembrou que, em novembro, antes mesmo da posse, esteve no Iphaep para conversar com os técnicos sobre o Engenho Corredor e outros imóveis de Pilar. “Eles fazem parte da minha vida; da minha história”, justificou Virgínia Veloso Freire,
Já os proprietários Alba e Joaquim Soares, terceira ponta desta tríade patrimonial, anunciaram o lançamento da ONG “Círculo dos Amigos do Engenho Corredor” e a busca de parcerias com a Fundação Roberto Marinho e a Editora José Olympio, detentora dos direitos autorais da obra de José Lins do Rego. Segundo Joaquim, “até o início de abril, deveremos ter muitas novidades para a área de recuperação do imóvel e também anunciaremos a realização de eventos culturais e educativos, que difundam para o grande público – especialmente os estudantes - o universo descrito nos livros de José Lins do Rego”.
Imóvel é do século XIX e foi tombado em 1998
O processo do Engenho Corredor, instrumentalizado pelos técnicos do Iphaep, propõe uma série de medidas que devem ser tomadas pelos proprietários para que o bem seja recuperado. São atitudes que contemplam as ações a curto, médio e longo prazo. Durante a visita que fizeram esta semana, os arquitetos Raglan Gondim e Cristina Evelise reforçaram os argumentos do laudo, visitando todos os compartimentos do complexo de 3.215 hectares, que compreende a casa grande, casa de purgar, engenho, casa de morador e depósito. Na maioria das salas, o teto está caindo, devido a presença de cupins e outros bichos, e o piso apresenta falhas.
O Engenho Corredor pertenceu ao avô do escritor José Lins do Rego e foi construído no século XIX, estando distante 2 quilômetros da cidade de Pilar. O complexo patrimonial foi tombado pelo Iphaep, através do Decreto nº 20.137, de 02 de dezembro de 1998.
Quando menino, o autor de “Moleque Ricardo”, passava as férias no local. Já adulto, utilizou o cenário como matriz das narrativas de seus romances. Promotor Público, José Lins do Rego estreou no mundo das letras em 1932, ao lançar “Menino de Engenho”, onde trazia à tona as mais remotas reminiscências de sua infância. Ao longo da vida, Zélins publicou dezenas de livros e crônicas e, ainda hoje, sua obra é traduzida nos mais diversos idiomas e publicada em países de todos os continentes.
Instituto tem 38 anos
O Iphaep - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba foi criado em 31 de março de 1971. Sua função é resgatar e preservar a memória da Paraíba, através do cadastramento e tombamento de bens móveis e imóveis que possuam reconhecidos valores históricos, artísticos, culturais, arqueológicos, ecológicos e paisagísticos para a Paraíba. O órgão estadual funciona num sobrado da Av. João Machado, nº 348, em João Pessoa.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode solicitar o tombamento de um bem cultural ou natural. O Estado pode realizar o tombamento de bens móveis e imóveis, de proprietários públicos ou privados: neste último caso, o direito à propriedade continua inalterado, ou seja, o dono pode alugar ou vender e, ainda, incluir o bem na partilha de uma herança.
O órgão deliberativo do Iphaep é o Conselho de Proteção dos Bens Históricos Culturais, formado por representantes de entidades, governamentais e não governamentais, e da comunidade paraibana.
O Instituto dispõe de vários mecanismos para deter a ação dos proprietários que destroem os vestígios do passado: o Auto de Infração e os Termos de Apreensão, de Suspensão, de Embargo, de Advertência, de Liberação e de Notificação. O proprietário também está sujeito ao pagamento de multa.
Mas, por outro lado, também há incentivos aqueles que investem na recuperação do imóvel cadastrado ou tombado pelo Iphaep. Na Lei Orgânica do Município de João Pessoa estão previstas a isenção do IPTU (que pode chegar aos 100% do valor do imóvel) e a diminuição de 50% na taxa do ISS.
“Vamos refazer a estrada que liga Pilar ao Corredor; refazer o ambiente das cajazeiras, dos jenipapos”, sugeriu o diretor do Iphaep, Damião Ramos Cavalcanti. “Este é um sítio histórico da maior importância. O universo que inspirou José Lins do Rego é conhecido e estudado não apenas nacionalmente, mas também internacionalmente, nas Universidades de Moscou e Sorbone”.
Segundo ele, o poder público estadual quer trabalhar de mãos dadas com a Prefeitura de Pilar e os proprietários do Engenho Corredor, para recuperar e dar vida ao ambiente da casa e seu entorno “Não vamos por qualquer dificuldade para a concretização das obras e a revitalização deste bem de valor inestimável”, garantiu Damião Cavalcanti.
A prefeita de Pilar lembrou que, em novembro, antes mesmo da posse, esteve no Iphaep para conversar com os técnicos sobre o Engenho Corredor e outros imóveis de Pilar. “Eles fazem parte da minha vida; da minha história”, justificou Virgínia Veloso Freire,
Já os proprietários Alba e Joaquim Soares, terceira ponta desta tríade patrimonial, anunciaram o lançamento da ONG “Círculo dos Amigos do Engenho Corredor” e a busca de parcerias com a Fundação Roberto Marinho e a Editora José Olympio, detentora dos direitos autorais da obra de José Lins do Rego. Segundo Joaquim, “até o início de abril, deveremos ter muitas novidades para a área de recuperação do imóvel e também anunciaremos a realização de eventos culturais e educativos, que difundam para o grande público – especialmente os estudantes - o universo descrito nos livros de José Lins do Rego”.
Imóvel é do século XIX e foi tombado em 1998
O processo do Engenho Corredor, instrumentalizado pelos técnicos do Iphaep, propõe uma série de medidas que devem ser tomadas pelos proprietários para que o bem seja recuperado. São atitudes que contemplam as ações a curto, médio e longo prazo. Durante a visita que fizeram esta semana, os arquitetos Raglan Gondim e Cristina Evelise reforçaram os argumentos do laudo, visitando todos os compartimentos do complexo de 3.215 hectares, que compreende a casa grande, casa de purgar, engenho, casa de morador e depósito. Na maioria das salas, o teto está caindo, devido a presença de cupins e outros bichos, e o piso apresenta falhas.
O Engenho Corredor pertenceu ao avô do escritor José Lins do Rego e foi construído no século XIX, estando distante 2 quilômetros da cidade de Pilar. O complexo patrimonial foi tombado pelo Iphaep, através do Decreto nº 20.137, de 02 de dezembro de 1998.
Quando menino, o autor de “Moleque Ricardo”, passava as férias no local. Já adulto, utilizou o cenário como matriz das narrativas de seus romances. Promotor Público, José Lins do Rego estreou no mundo das letras em 1932, ao lançar “Menino de Engenho”, onde trazia à tona as mais remotas reminiscências de sua infância. Ao longo da vida, Zélins publicou dezenas de livros e crônicas e, ainda hoje, sua obra é traduzida nos mais diversos idiomas e publicada em países de todos os continentes.
Instituto tem 38 anos
O Iphaep - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba foi criado em 31 de março de 1971. Sua função é resgatar e preservar a memória da Paraíba, através do cadastramento e tombamento de bens móveis e imóveis que possuam reconhecidos valores históricos, artísticos, culturais, arqueológicos, ecológicos e paisagísticos para a Paraíba. O órgão estadual funciona num sobrado da Av. João Machado, nº 348, em João Pessoa.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode solicitar o tombamento de um bem cultural ou natural. O Estado pode realizar o tombamento de bens móveis e imóveis, de proprietários públicos ou privados: neste último caso, o direito à propriedade continua inalterado, ou seja, o dono pode alugar ou vender e, ainda, incluir o bem na partilha de uma herança.
O órgão deliberativo do Iphaep é o Conselho de Proteção dos Bens Históricos Culturais, formado por representantes de entidades, governamentais e não governamentais, e da comunidade paraibana.
O Instituto dispõe de vários mecanismos para deter a ação dos proprietários que destroem os vestígios do passado: o Auto de Infração e os Termos de Apreensão, de Suspensão, de Embargo, de Advertência, de Liberação e de Notificação. O proprietário também está sujeito ao pagamento de multa.
Mas, por outro lado, também há incentivos aqueles que investem na recuperação do imóvel cadastrado ou tombado pelo Iphaep. Na Lei Orgânica do Município de João Pessoa estão previstas a isenção do IPTU (que pode chegar aos 100% do valor do imóvel) e a diminuição de 50% na taxa do ISS.
Secom
foto:www.revistadehistoria.com.br
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