O dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado no dia 21 de março, não passou em branco em João Pessoa. Na manhã desta sexta-feira (20), a Câmara Municipal realizou uma sessão especial alusiva a data onde grupos de apoio a pessoas com Down e representantes públicos discutiram a ampliação do acesso a educação, saúde, transporte e questões relacionadas à vida das pessoas que vivem com down.
Durante a audiência pais de filhos com síndrome de down reivindicaram a ampliação do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a ampliação da Lei 11 409, que estabelece o passe livre nos transportes coletivos para pessoas soropositivas e deficientes físicos e acompanhantes também para pessoas com down. O vereador Ubiratan Pereira, Bira, que propôs a sessão especial, informou que estará encaminhando um requerimento a Secretaria da Educação solicitando a ampliação dos turnos referentes a educação de jovens e adultos (EJA) de forma a atender mais pessoas com síndrome de down. Bira justificou que atualmente só existem turmas à noite, o que dificulta o acesso desses estudantes à educação.
Ele acrescentou que estará junto com as vereadoras Raissa Lecerda e Eliza Virginia solicitando ao prefeito Ricardo Coutinho a reorganização da Lei 11 409, de forma a ampliar o passe livre nos ônibus para pessoas com down e acompanhantes. “Aproveitamos essa data para marcar um compromisso com a causa da síndrome de down. É preciso discutir com a sociedade a quebra de uma barreira que muitas vezes está dentro da gente como preconceitos e esteriótipos que colocou a margem durante muito tempo as pessoas com deficiência”, ressaltou Bira.
Na ocasião os grupos de pais de filhos com Síndrome de Down explicaram que a data marca os 50 anos da descoberta de que as pessoas com down possuem 47 cromossomos, portanto um a mais que as demais pessoas. “Isso representa a descoberta de que a síndrome é um acidente genético e não uma doença. Por isso a importância que o down receber o apoio da família e da sociedade durante sua vida que representa um longo processo de aprendizado”, explicou Edneide Jesine, mãe de uma criança com down.
De acordo com Edneide, apoio para seu desenvolvimento e a inclusão em todas as esferas da sociedade, as pessoas com síndrome de down têm rompido muitas barreiras. “Há várias pessoas com síndrome de down estudando, trabalhando, vivendo sozinhas, escrevendo livros, se casando e até concluindo o ensino superior”,explicou. Um desses casos é Djalma Barbosa Júnior, que aos 18 anos estuda, pratica natação e musculação. Ele é filho de Fátima Acioly e leva uma vida normal, tendo inclusive noivado recentemente.
A sessão especial no Dia Internacional da Síndrome de Down contou com as presenças das vereadoras Eliza Virgínia (PPS), Raíssa Lacerda (DEM), Felipe Leitão (PRB), do Pastor Edmilson (PRB), além de pais e diversas pessoas com down. Também integraram à mesa dos trabalhos a representante da FUNAD, Margarete Leão, a coordenadora do Centro de Inclusão do Município, Claudete Gomes, a educadora e representante do Grupo de Pais e Filhos com Síndrome de Down, Edneide Jesine e o presidente da Associação dos Cadeirantes, Genilson Machado.
Assessoria
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