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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Teste da Orelhinha será realizado em Patos

Um dos momentos mágicos do relacionamento pais e filhos, esperado com muita expectativa, ansiedade, é quando o bebê emite seus primeiros fonemas, consegue expressar palavras a exemplo de pai, mãe. A emoção dos genitores é contagiante e bastante comemorada. Mas para que esse momento aconteça é preciso que a criança viva experiências sonoras básicas para a composição das informações que ela deseja repassar na comunicação oral que se inicia.
Quando o bebê tem algum tipo de problema auditivo essa comunicação sofre atropelos, já que ele não tem como armazenar adequadamente as informações que giram ao seu redor. Por não ouvir, não consegue desenvolver a linguagem oral. Mas há uma forma preventiva para se evitar que isso aconteça: o Teste da Orelhinha, denominado também de Triagem Auditiva Neonatal, ou ainda de Exame de Emissões Otoacústicas, o mais moderno da atualidade, destinado aos recém-nascidos, que permite diagnosticar a surdez a tempo da criança receber o tratamento específico.
Pesquisas recentes mostram que o tratamento através da fonoaudiologia precoce, até os seis meses de idade, com crianças que tiveram perda auditiva, proporciona desenvolvimento de linguagem muito próximo ao da criança ouvinte. Já intervenção tardia, após os seis meses de idade, acarreta prejuízos irreversíveis ao desenvolvimento da criança. Além do atraso ou impossibilidade de falar, também as áreas emocional, social e cognitiva são afetadas.
Teste da Orelhinha em Patos
Em Patos ainda não é realizado o Teste da Orelhinha, mas a partir do próximo dia 07 estará disponível na Clínica de Vacinas Proteger, na Bossuet Wanderley, 433, Centro, sob responsabilidade da fonoaudióloga Karla Bezerra. Segundo a Médica do Trabalho, Paula Souto Maia, da Proteger, tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei que torna obrigatório em todo o território nacional este exame nos recém-nascidos. “Inclusive já existem municípios que aprovaram lei semelhante”, comentou ao Garimpando.

O Teste
O exame é feito por uma fonoaudióloga no próprio berçário, com o bebê quieto e dormindo, de preferência com 48 horas de vida, antes da alta da Maternidade. Ele dura de 3 a 5 minutos, não tem contra-indicação, não incomoda e não acorda o bebê. Através de um pequeno fone de ouvido, são emitidos sons de fraca intensidade no canal auditivo. As células ciliadas externas da cóclea (“caracol” do ouvido) captam estes estímulos auditivos e mandam uma resposta de volta para o canal auditivo. Esta resposta é amplificada e registrada.
Se o bebê passar no teste está escutando bem. Se ele falhar no teste deverá ser avaliado após 15 dias. Caso falhe novamente no reteste será encaminhado ao médico otorrinolaringologista para exames complementares que diagnosticarão a deficiência auditiva. Caso haja confirmação da deficiência auditiva, começa a intervenção clínica educacional, com uso de aparelho de ampliação sonora, orientações, terapia fonoaudiológica, a fim de que as dificuldades com a comunicação sejam minimizadas.
Os médicos recomendam que todos os bebês façam o Teste da Orelhinha, isso porque a incidência da surdez congênita é bastante alta quando comparada com outras doenças para as quais são realizados testes de Triagem Neonatal (teste do pezinho).
foto:www.camarapedreira.sp.gov.br

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