Há coisas na área policial que deixam a sociedade triste. A falta de humanização é uma delas. A função do policial, de nos protegeer, zelar pela paz muitas das vezes é distorcida pela arrogância, abuso de poder, falta de conhecimentos dos direitos constitucionais de algumas pessoas que vestem uma farda. Digo isso por um fato que presenciei recentemente de um jovem, não passava dos 20, creio, que caminhava de bicicleta com um botijão de gás lacrado pela Bossuet Wanderley. Foi parado por uma viatura da PM, revistado e interrogado. Parei e fiz questão de ver o procedimento dos policias. Fizeram, até determinado momento, seu serviço de praxe, corrreto de averiguar a procedência daquele botijão de gás, o histórico do rapaz, nome, endereço e por ai vai.
Me aproximei mais ainda. Falou que tinha comprado o botijão. Os policiais quiseram saber a origem também de um celelular que ele portava. Disse que havia achado há uns três meses. Disse quem eram aas pessoas que constavam na agenda do telelfone: esposa, irmãs amigos. Assinei uma folha que um policial me apresentou como testemunha.
Fiz aquilo com prazer e falei para o jovem que o procedimento da polícia era de averiguar aquilo mesmo. Como que temendo algo, até pela fama da polícia bater por besteira, como fizeram ano passado com outro jovem em frente à Catedral, mesmo tendo sido a PM causadora de um choque contra a bicicleta dele, quase o lincharam na frente de todos, sempre o rapaz do botijão dizia para quem trabalhava e que a PM poderia averiguar, levá-lo até seu patrão.
No momento seguinte os PMs recolheram a bicicleta, o botijão e jogaram na mala da viatura, o famoso camburão. O rapaz só não foi posto lá também, aljemado, exposto ao público, mesmo sem qualquer tipo de reação, porque não coube naquele espaço. Bom, partiram e não sei do destino. Hoje outra testemunha do prédidio em que o filho do patrão do jovem mora me informou que aquele apanhou da polícia para confessar algo.
Não dá para entender determinados procedimentos de investigação da Polícia. Se você tem uma gama de informações que possam direcionar uma investigação, é preciso antes de tudo bater para arrancar algo de alguém que colaborou o tempo inteiro, não possui antecedentes criminais?
Nós pais de famílias devemos nos preocupar. Tirar uma certidão de antecedentes criminais, andar sempre bem documentado para evitar fatos como esses. A prática que remota a ditadura, de conseguir informação quebrando a pessoa, deve ser revista. Os policiais devem ser melhor preparados para que todos para evitar que cidadãos de bem sejam vistos como marginal. Para ilustrar meu pensamento, cito outro caso que presencie no interior da Delegacia de Patos quando era correspondente de O Norte. Uma mãe aflita ouvindo o desepero de seu filho que estava sendo torturado para cantar (jargão policial) um roubo. Chamei o delegado de plantão que, por receio da imprens, ordenou que os agntes de iraque (prestam sereviços), hoje parece que desapareceram das delegacias, ordenou que abrissem a porta e a cena era humilhante. O cara de joelhos, algemado, um saco plástico na cabeça, sufocado. Numa situação daquelas o cara é capaz de dizer até que matou o Papa se quisessem.
Já agradeci, elogiei o comportamento da PM nas ruas, nas áreas de caminhada fazendo a prevenção, deixando a população tranquila para ir e vir; quando ela atua rápido e evita o sucesso da bandidagem, como exemplo o assalto ao funcionário do Multibank de Patos. Acredito que falta a determinados policiais, conheço muitos bastante educados, que aprendeream, talvez de berço da academia militar, o bom senso, prudência na condução de sua prática. Se fosse citar a quantidade de barbáries que a mídia apresenta diariamente pela conduta errada de alguns policiais levaria dias.
Cabe ao comandante Almeida trazer capacitadores, implantar um protocolo correto de investigação que não precise da tortura, resguardando-se o direito constitucional de provar sua inocência. Se o cara deve tem que pagar perante a Justiça.
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