A Prefeitura Municipal de Malta quer reduzir o salário dos professores de R$ 775,00 para R$ 620,00 conforme proposta apresentada pelo atual gestor em Projeto de Lei que deve ser enviado a Câmara Municipal esta semana.
Os professores ganham atualmente, em sua grande maioria, o valor de R$ 775,00 para trabalharem 25 horas semanais sendo 20 em sala de aula e 5 departamentais e com o projeto, por estas 25 horas seria pago apenas R$ 620,00, já que foi rejeitada pela Comissão e o sindicato da categoria.
Para o sindicalista José Gonçalves isto é uma afronta aos profissionais da educação, que dedicam sua vida ao ensino público de qualidade, mas na maioria das vezes não são reconhecidos pelos gestores municipais, a exemplo de Malta.
Para Gonçalves, Malta vive na contramão da história, pois tem professores que ainda não tem 3 anos de serviços e ganham R$ 1.950,00 e outros com 20 anos de serviços ganham apenas R$ 775,00 e o prefeito ainda quer baixar o salário para R$ 620,00. “Malta vive na contramão da história, enquanto vários gestores municipais concedem aumento salarial aos professores, o ano passado foi 15% no município mas não foi implantado nos contracheques e agora quer reduzir salários”. Disse o sindicalista.
O SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, já entrou com denúncia no Ministério Público, pedindo toda a prestação de contas de janeiro de 2010 a março de 2011, para identificar quem são esses professores que entraram recentemente e estão ganhando praticamente o triplo do salário de quem tem 20 anos de serviços, além de identificar se tem irregularidades ou não no FUNDEB e no seu conselho de fiscalização.
“O nosso entendimento é que o gestor municipal quer empurrar com a barriga esse aumento, fazendo manobras como essa para não conceder o aumento e os professores tem que se posicionar e paralisar as atividades por tempo indeterminado. É justamente devido a essa política, que os pais de alunos estão tirando os seus filhos das escolas municipais, pois o Município perdeu mais de 200 alunos para a escola estadual o ano passado, que além de não pagar bem, ainda tem problemas com merenda escolar, fardamento, material didático, dentre outros”, desabafou Gonçalves.
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