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quinta-feira, 3 de março de 2011

UM PRÊMIO PARA QUEM MERECE


A Paraíba teve grandes árbitros no futebol brasileiro. Até integrantes do quadro da FIFA chegamos a ter o prazer de vê-los trabalhando, dentro e fora do País. Não vou citar nomes porque posso esquecer algum e não seria justo. Mas todos, enquanto representantes do Estado, e do Brasil, honraram e dignificaram a condição de árbitro do futebol brasileiro.

No futebol paraibano, diretamente, muitos se destacaram, ganharam fama e elogios, enquanto outros morreram no nascedouro. Mas isso é visto em todas as atividades profissionais. Os que se destacaram, aproveitaram bem para inserir seus nomes na história do futebol brasileiro. Se, por ventura, não apitando grandes clássicos, mas dirigindo partidas importantes em muitos Estados do nosso Brasil.

Na Paraíba tem sido grande a renovação na arbitragem. Há alguns anos o comando da classe vinha sendo exercido pelo ex-árbitro Marcílio Braz que, quando no apito, também se destacou e gravou sua passagem na arbitragem paraibana e nacional. Com altos e baixos, como é comum em todo aquele que comanda, chegou o seu dia de parar.

Não sei o porquê da sua saída da presidência da comissão de arbitragem do futebol paraibano. Por qual razão a Presidenta da FPF decidiu não mais utilizar os seus préstimos no futebol paraibano. Só sei que ele não mais comanda os sorteios para indicações dos árbitros em nosso campeonato. Está fora e, como é do conhecimento público, a FPF vai se responsabilizar, por enquanto, pelas indicações através de sorteios.

Mas é chegada a hora e a vez de dar uma oportunidade à um ex-árbitro que, por 28 anos apitou futebol por todo o Brasil e abandou a atividade pelo peso da idade e atribuições profissionais extra-campo. Faço referências a Miguel Félix de Oliveira, patoense que teve brilhante passagem na arbitragem paraibana e brasileira e, acima de tudo, é íntegro, capaz, bom caráter e tem excelente relacionamento com a “turma do apito”.

Muitos ex-árbitros gozaram dessa confiança da Presidenta da FPF e, dentro de suas limitações, corresponderam. As divergências acontecem em todas as atividades profissionais. No “apito” também não poderia deixar de acontecer. Afinal de contas julgar é muito difícil, principalmente para quem tem a obrigação de decidir em segundos.

Nesse momento em que a Comissão de Arbitragem FPF está sem presidente, e não recomenda a missão ser abraçada pela Federação que já tem tantas atribuições à cumprir, de bom alvitre seria importante, em tempo hábil, designar uma pessoa competente, capaz e com bom relacionamento na classe, para dar continuidade ao que se faz na arbitragem paraibana.

Saiu Marcílio Braz. O tempo não pode parar. Tem que ser indicado um presidente, urgente. Assim como Miguel outros também gozam de prestígio e têm qualidades para o exercício da presidência que, diga-se de passagem, “é uma missão espinhosa”. Lembrei do Miguel Félix, “o forrozeiro do Sertão”, por entender ser um prêmio à quem por 28 anos ininterruptos se dedicou a arbitragem sem nenhuma restrição, acredito, de companheiros, imprensa, clubes, atletas e dirigentes da FPF.


Por Adamastor Chaves (futebolseertanejo)
João Pessoa – PB

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