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quinta-feira, 3 de março de 2011

Depois de 11 anos Banco de Leite da Maternidade de Patos terá posto de coleta


Nesta quinta-feira 03 a Maternidade Peregrino Filho recebeu a visita de duas supervisoras técnicas em Banco de Leite Humano, Thaíse Clara, diretora do Centro de Referência para Bancos de Leite Anita Cabral e Raquel Torres, diretora do Banco de Leite Zilda Arns, da Maternidade Cândidas Vargas, de João Pessoa, que vieram avaliar a situação em que se encontra o banco de Leite Vilani Kherle da Peregrino Filho, maternidade detentora do título Amigo da Criança e que busca atender todas as exigências protocoladas pelo Ministério da Saúde.

Elas mantiveram longa reunião com o diretor Egilmário Bezerra, momento em que detalharam as necessidades do Banco de Leite de Patos e a política pretendida pelo governo estadual para o setor. Para tornar o atendimento às doadoras de leite humano mais humanizado, o médico Egilmário Bezerra decidiu repassar para o Banco de Leite a sala da diretoria, que passará por uma adaptação e se tornar espaço de acolhimento, coleta e armazenamento.

Por onze anos, segundo Thaíse, lutava-se por uma sala específica, dotada de equipamentos e adequada para atendimento à mulher doadora, na Maternidade Peregrino Filho. “Essa decisão do diretor Egilmário nos deixou felizes. Vamos tentar retribuir da melhor maneira possível, com equipamentos, capacitação de profissionais, dentre outros”, acrescentou a diretora do Anita Cabral, que adiantou que algumas necessidades do Vilani Kherle dizem respeito à questão de equipamentos, como também de funcionários, a exemplo nutricionista, que deve ter um perfil de extrema cumplicidade com a pediatria, psicólogo, além de capacitação para o pessoal do setor. 

Egilmário afirmou que a Maternidade possui um projeto ambicioso para o Banco de Leite, que é dotá-lo de toda a infraestrutura recomendada pelo Ministério da Saúde, melhorando o acesso e que toda a regional possa usufruir bem deste espaço, tão importante para a nutrição dos recém-nascidos cujas mães não conseguem produzir o alimento mais saudável para seu desenvolvimento.

Sobre a finalização das obras da UTI neonatal e materna, Egilmário explicou que existe um planejamento, levando-se em conta as previsões da construtora responsável pela conclusão da ampliação da estrutura física da Peregrino Filho, de no máximo em seis meses abri-la aos usuários. “Só colocaremos a UTI para funcionar quando ela estiver em plenas condições. A administração anterior fez um bom trabalho de capacitação de enfermeiros, técnicos, mas tudo indica que teremos que trazer de outros municípios médicos capacitados”, comentou Egilmário. 

Em janeiro deste ano foram realizados aproximadamente mil atendimentos de urgência e emergência, procedimentos cirúrgicos, partos normais e ambulatoriais, uma demanda de usuários de aproximadamente 50 municípios, que também conta com serviços tipo pré-natal de alto risco, ultra-sonografia, este em parceria com o município de Patos, que está para ser ampliado. 

Segundo Egilmário, o índice de mulheres que dão a luz através de parto cesárea ainda é bastante elevado na Peregrino Filho. Isso porque, explica muitas das pacientes chegam de diversas localidades e grande parte já com a indicação de um procedimento cirúrgico. “Mas estamos trabalhando para reduzir os números, que chegam a aproximadamente 50% dos partos aqui realizados. Nossa meta é atender as exigências do Ministério da Saúde. Ou seja, realizar no máximo de 20% a 25% de cesáreas. A Maternidade Peregrino Filho é um hospital Amigo da Criança e preza pelo parto normal”, acrescentou Egilmário.

Hoje a média de óbito na Peregrino Filho é inferior à preconizada pelo Ministério da Saúde. Mesmo assim quando há o registro cria-se uma expectativa na sociedade muito grande. Para o diretor Egilmário, o bom seria jamais existir esse registro. Falou que sua gestão priorizará a humanização no atendimento. Para isso algumas capacitações já estão sendo agendadas. 

Enfatizou que em 60 dias haverá condições, hoje o espaço ainda não permite, a parturiente ser acompanhada por um familiar desde sua chegada, passando pelo pré-parto, sala de parto e puepério (pós-parto), momento em que a mulher enfrenta a experiência de modificações físicas e psíquicas, para que a lei 8.080, que exige o parto humanizado possa ser devidamente aplicada. 

Ascom

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