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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Chilenos descobrem tratamento que pode curar leucemia


Uma pesquisa realizada por cientistas chilenos descobriu um nova forma de tratamento para a leucemia que lança projeções otimistas para uma cura eficaz, já que os tratamentos contra a doença ainda são insuficientes. O hemato-oncologista chileno Bruno Servi e uma equipe de pesquisadores descobriram que as células precursoras da enfermidade - que se escondem na medula óssea dos indivíduos - devem ser extraídas da região e atacadas quando estas chegarem à corrente sanguínea.

"O câncer se origina porque algumas células normais da medula óssea ficam 'loucas'. Utilizando ratos como cobaias, descobrimos que quando a leucemia está em seu nicho, o lugar onde vive na medula óssea, ganha proteção dada pelo ambiente onde se encontra. Se somos capazes de desprender a leucemia da medula óssea, já podemos deixá-la mais vulnerável à quimioterapia", disse Nervi.

Segundo o cientista, a pesquisa comprovou por meio de uma droga que as células da doença, transitoriamente por algumas horas, se desprendem da medula óssea. "Quando elas se soltam e entram na circulação, ao injetar a quimioterapia - medicamentos que entram pelo sangue -, as células precursoras da leucemia morrem. Nos próximos anos, estaremos aprendendo mais com estes mecanismos para entender se podemos usá-los em humanos, chegando à cura de mais pacientes", afirmou.

O avanço foi observado pela companhia Genzyme, empresa líder em biotecnologia no mundo, que se interessou pela investigação do doutor Nervi e seus colaboradores da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Há alguns dias, foi firmado um convênio e a empresa investirá US$ 160 mil em dois anos para que os cientistas continuem a pesquisa. Anteriormente, Nervi havia iniciado os estudos em laboratórios da Universidade de Washington, em Sant Louis (Estados Unidos), onde permaneceu três anos com outro grupo e retornou ao Chile em 2006.

Nervi e o restante da equipe estão tentando encontrar um tratamento que seja mais efetivo e que cause menos danos. "Estamos buscando novas maneiras além da quimioterapia, para injetar as substâncias de outras maneiras, como de forma oral", projetou. O médico estima que o estudo alcance ainda um modelo possível de se aplicar em outros tipos de tumor, como os intestinais, hepáticos e de mama.

Terra -Foto:www.iconocast.com

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