FestCine Digital do Semi-Árido tem vitória de documentário de Patos

Patos saiu com o primeiro prêmio do FestCine Digital do Semi-Árido: o documentário Em Roliúde, o Bode É Rei, de Rianny Brandão e Liliane Nascimento, foi o mais votado pelo público e recebeu os R$ 2,5 mil. Tempo de Ira, de Marcélia Cartaxo e Gisela Melo, ficou com o segundo lugar - e recebeu, como prêmio, um notebook. O terceiro lugar foi Boqueirão - O Espetáculo das Águas, de Wanderley Filho. Dois documentários, em primeiro e terceiro, e uma ficção, em segundo.

A premiação foi resultado da votação do público que freqüentou as exibições do festival em Campina Grande e Cabaceiras - e a premiação, de certa forma, acabou ficando em casa, já que Em Roliúde, o Bode É Rei trata da própria Cabaceiras. As duas diretoras realizaram o documentário como um trabalho para uma das disciplinas do curso de Jornalismo das Faculdades Integradas de Patos (FIP). “Tínhamos a opção de abordar Cabaceiras ou a Micarande, em Campina”, contou Rianny, de 26 anos. “Escolhemos Cabaceiras e foi um desafio enorme”.

A equipe passou um mês em pesquisa na pré-produção do documentário e levou dois dias de gravação. A força do bode e do cinema na economia e até no comportamento dos habitantes da cidade. “A gente não sabia que tinha esse peso tão grande”, revela. “Os hábitos sertanejos são mantidos lá”.

O festival tem o apoio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Sebrae, Fundação Parque Tecnológico e Instituto Nacional do Semi-Árido (Insa), além das prefeituras de Campina Grande e Cabaceiras. O jornalista Wills Leal, coordenador-geral do festival, ficou satisfeito com a primeira edição do evento.

“Para ter sido o primeiro, o festival foi coroado de êxito sob todos os pontos de vista: de estrutura organizacional através do Neppau, que já tem know- how com o Fest Aruanda, de cobertura jornalística, pois até o Canal Brasil esteve aqui; de público, que prestigiou o evento nas três noites e no formato inovador”, disse Leal.

Renato Félix

Jornal da Paraíba