O Atlético de Cajazeiras, campeão paraibano de futebol em 2002, fundado em 10 de julho de 1948, participando do Campeonato Estadual a partir de 1992, pode amargar esse ano a condição de rebaixado. A péssima campanha da agremiação nesta edição do certame, oito jogos, oito derrotas, traduz um pouco do que sua apaixonada torcida vem sofrendo, inclusive sendo alvo de chacota. No Estádio José Cavalcanti, na noite de ontem quando a equipe perdeu de 2x0 para o Nacional, repórteres de pista de emissoras de Cajazeiras diziam com freqüência que o Atlético, que já participou da Copa do Brasil e Série C, envergonhava Cajazeiras com seu desprezível futebol. O Garimpando Palavras conversou com jogadores do banco de reservas e estes falaram um pouco dessa sensação que estão passando. "A gente tenta fazer o máximo, mas as vitórias não acontecem", dizia o goleiro alagoano Darles.
Se o time perder seu próximo compromisso pode terminar de forma histórica o 1º turno da competição, sem alcançar sequer um pontinho. As pressões são enormes em cima dos atletas, que demonstram insegurança e intranqüilidade dentro e fora dos gramados. A falta de estrutura do Atlético, atraso de salários e a constante dispensa de jogadores causaram um péssimo clima dentro do elenco, onde os atletas não conseguem prever se no dia seguinte ainda fazem parte do grupo. Apenas torcemos para que essa fase negra desapareça o mais breve possível e que o Atlético venha protagonizar bons clássicos em nosso Estado.
O técnico Júlio Araújo (foto), que veio da cidade de Fortaleza, o qual já fez seu segundo jogo, segunda derrota, questionado pelo Garimpando sobre qual o remédio para mudar esse trágico quadro em que está inserido o Atlético, disse que a solução é a partir de agora treinar muito, deixar a equipe afiada e tentar reverter a situação no segundo turno.
foto:garimpandopalavras
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