Paulo Monteiro |
Aconteceu nesta quarta-feira 29
no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde, um trabalho pedagógico de
supervisão pelo Ministério da Saúde do programa Mais Médicos. Participam
médicos e supervisores que atuam nesse programa na macrorregional Patos, que
abrange 6ª, 7ª (Piancó) e 11ª (Princesa Isabel) regiões.
Essa qualificação acontece a cada
três meses, segundo o tutor do programa no Estado, Paulo Monteiro. O Mais
Médicos na Paraíba, Estado que recebeu cerca de 300 profissionais de saúde, é
avaliado positivamente pelo tutor. Diz que há excelentes médicos, porém, outros
ruins. Mas que no geral houve importantes avanços. “Cada médico desses atende
em média 20 pacientes dia. É só fazer as contar e ver o quanto melhorou na
saúde”, comentou Paulo Monteiro.
Ele acusa falhas na atenção
básica, como a rede que não funciona adequadamente, parte de laboratórios. Diz
que não há possibilidade de melhorar tudo ao mesmo tempo. A previsão do governo
federal é substituir os médicos estrangeiros, cujo contrato vigora por três
anos, por médicos brasileiros residentes em saúde da família.
São mais de 12 mil médicos
atuando no Brasil, na Paraíba ultrapassa os 120 municípios assistidos, pelo
programa Mais Médicos. Maioria são estrangeiros, vindos para dar maior suporte
à saúde, trabalharem nos locais mais carentes desse profissional.
Paulo Monteiro explica que havia
receio em relação à vinda dos médicos estrangeiros devido às questões
linguísticas, mas a população aceitou bem e os médicos se adaptaram
rapidamente.
O gerente da 6ª regional de
saúde, José Leudo de Farias, enalteceu o programa, que leva médicos para
localidades em que outros profissionais não querem ir, e que vem conseguindo
mudar a realidade, o perfil epidemiológico dos municípios, a atenção é mais
centrada, vai mais ao paciente, no fazer prevenção. “Se a gente tiver prevenção
não teremos hospitais cheios, não vamos ter mortes com mais frequência por
doenças banais”, comentou Leudo.
Os médicos inseridos no programa
são acompanhados com proximidade pela supervisão do Ministério da Saúde, que
existe nas regiões do Estado, onde o profissional dá sua carga horária, se
reúne com a equipe e são avaliados, a exemplo desse momento que acontece nesta
quarta-feira em Patos. Os municípios da região de Patos demonstram interesse de
receber mais médicos para suas localidades.
Água contaminada
José Leudo, indagado sobre se os
indicadores de saúde estão sendo bem trabalhados pela atenção básica, explicou que
há problemas crônicos que acabam fugindo aos olhos da vigilância em saúde.
Exemplificou o caso da dengue, com números bastante elevados na região e o de
águas, quase todas consumidas com alto teor de coliformes fecais. “São águas de
barreiros, cacimbas, que chegam em carros-pipas, que não são tratadas. Nosso
maior problema hoje são as doenças transmitidas através da água”, disse Leudo
Porém citou alguns avanços em
outros índices, como a questão da cobertura vacinal, visitas domiciliares, uma
cobrança sempre feita à atenção básica. Para o gerente regional de saúde essas
visitas domiciliares são mais importantes que a ida ao consultório médico, isso
por que, se a visita acontecer pela equipe do PSF os consultórios vão esvaziar.
O médico ir ao encontro da comunidade e não o contrário, tem sido a proposta da
gerência.
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