Trabalhadores públicos municipais
de Patos conseguiram as conquistas salariais pleiteadas junto ao Executivo e
puseram fim a uma greve que durou nove dias. Ontem o SINFEMP – Sindicato dos
Funcionários Municipais de Patos e Região, através de sua comissão de greve,
realizou mais uma rodada de negociações, após audiência pública na Câmara, com
representantes da prefeita Francisca Motta. Esta, mesmo alegando
impossibilidade de concessão de reajustes, devido a forte crise, cedeu às reivindicações
e pagará os valores propostos pelos trabalhadores.
Hoje pela manhã aconteceu
assembleia na qual foi confirmada pelos servidores o fim da greve, denominada
pela presidente do S Carminha Soares, como a conquista da união, onde todas as
categorias, com apoio de outros sindicatos, a exemplo dos ACS e ACE,
Sindiodonto, foram firmes e decisivos para se conseguir as vitórias através da
mobilização.
O vice-presidente do SINFEMP,
José Gonçalves, também enalteceu a vitória dos trabalhadores, dizendo que prevaleceu
a vitória moral, em virtude da coragem dos servidores das mais diversas
categorias pararem suas atividades, a partir do momento em que a prefeita
Francisca Motta ter afirmado que este ano não teria condições de reajustar
salários.
Os servidores este ano, também
cientes da grave crise que atinge o Brasil, decidiram pedir apenas um terço do
que conquistaram na campanha do ano passado. Mesmo tendo pedido o mínimo
possível, aumento de R$ 25,00 a R$ 39,00 para servidores do fundamental e
técnico e de R$ 165,00 para os de nível superior, a prefeita ofereceu apenas
50% desses valores, aumentando a insatisfação dos funcionários.
“Vale salientar ainda que os
servidores, mesmo os que tiveram aumento do salário mínimo tiveram revisão nas
gratificações. Ou seja, nenhum trabalhador municipal permanece com seus
salários congelados e suas gratificações”, informou Gonçalves.
O pessoal da saúde voltou ao
trabalho com uma ressalva, que o dinheiro do PMAQ – Programa Nacional de
Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica seja pago até o próximo
domingo. Caso contrário eles irão cobrar na Prefeitura e caso nada seja
cumprido a greve pode ser retomada. Pela lei municipal, os servidores da saúde
têm direito a 70% dos recursos desse programa e o restante é direcionado para
melhorias da estrutura das unidades de saúde.
Outras bandeiras estão sendo
construídas pela campanha salarial 2015, como o projeto que deve ir para a
Câmara nos próximos dias, de insalubridade para operadores de máquinas, vigias,
garis, motoristas; estatuto do servidor; isonomia para os educadores sociais,
nutricionistas, dentre outros pleitos.
Tanto José Gonçalves, como a
presidente do SINFEMP foram taxativos ao afirmar que essa greve não foi somente
para revisão salarial, mas por condições dignas de trabalho. “Temos trinta dias
para fazer um levantamento sobre o que mudou, o que a Prefeitura fez para dar
condições dignas de trabalho. Lamento a ausência nas ruas dos companheiros que
ficaram em locais de trabalho enquanto os colegas lutavam por seus direitos.
Clamo a todos que reflitam suas posições e que venham participar das próximas
mobilizações do Sindicato”, disse Gonçalves.
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