Os médicos da rede hospitalar de Patos, digo, Regional Janduhy Carneiro, Infantil Noaldo Leite e Maternidade Peregrino Filho, entregam nesta quarta 13 ao Ministério Público, CRM e ao diretor do Regional, Eliseu de Melo, as escalas de plantões referentes ao dia 18, próxima segunda-feira, até o último dia do mês de abril. Apenas um cirurgião estará escalado por dia, o que impedirá a realização de cirurgias, já que há a necessidade de um outro para auxiliar, segundo informou Jânio Rolim, presidente da Cooperativa de Médicos Urgentistas do Interior da Paraíba, ao falar sobre o movimento paredista que reivindica isonomia salarial com os médicos de Campina e João Pessoa.
Ele explicou que em outubro do ano passado o então secretário de Saúde do Estado, José Maria de França, fechou acordo com a classe médica de Patos equiparando os vencimentos com os colegas de Campina e de João Pessoa, porém não o teria cumprido. “Essa luta vem desde o ano passado”, diz Jânio, explicando que há 71 dias a categoria discute com a SES a solução do problema.
Com a entrega dos plantões extras, ou seja, os médicos concursados vão cumprir somente o que está previsto em seu contrato de trabalho a partir de segunda 18, quatro plantões por mês, o atendimento no Janduhy Carneiro deve ter uma redução de aproximadamente 70%. Só estão sendo realizadas as cirurgias de urgência, aquelas que apresentam quadro de risco de morte e caso não haja uma solução para o impasse, nem esta poderá vir a acontecer, segundo Rolim. Em Patos, de acordo com o presidente da Cooperativa de Urgentistas, 80 médicos dão plantões extras.
Janio Rolim diz que o canal de diálogo sempre esteve aberto com o governo do Estado, e aguarda uma resposta positiva do secretário de Saúde Waldson de Sousa, que vem a Patos esta semana. “A gente está esperando um acordo com o governo. Nossa única reivindicação é a equiparação com os médicos de Campina e João Pessoa. Hoje os ortopedistas de Campina entregaram os plantões, algo que deve ser seguido pelos cirurgiões”, informou Jânio.
O diretor do Janduhy Carneiro, Eliseu de Melo, mesmo temendo um colapso no atendimento, acredita num acordo e tudo volte à normalidade. “Nossos usuários não podem ficar sem atendimento. Por isso acredito que tudo será resolvido de uma forma que agrade a todos”, comentou.
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