A Embrapa Algodão está realizando um curso de capacitação sobre algodão agroecológico para técnicos de diversas unidades do IPA, Instituto Agronômico de Pernambuco na busca de práticas e conhecimentos da produção sem uso de veneno e de forma diversificada na agricultura familiar.
O evento teve início na tarde desta segunda-feira (04) no auditório da Embrapa em Campina Grande, vai até a próxima quarta-feira (06) e conta com participação de 20 técnicos extensionistas e pesquisadores daquela instituição pernambucana de pesquisas e extensão.
No primeiro módulo trabalhando o manejo cultural do algodoeiro, nesta segunda-feira, os participantes vivenciaram as informações e experiências sobre a escolha da área, época de plantio, preparo do solo, espaçamento, densidade de plantio e arranjo de plantas, métodos de plantio ( manual e ou mecânico) e desbastes. Ainda na tarde desta segunda-feira (04) os participantes compartilharam informações sobre o controle das ervas espontâneas, formação das barreiras, formação dos consórcios, biofertilizantes e controle alternativo num trabalho apresentado pelo técnico da Embrapa Algodão, Dalfran Gonçalves Vale.
Para esta terça-feira (05) está previsto a apresentação do segundo módulo evidenciando o manejo integrado de pragas do algodão subdividido em conceito, importância e tipo de controle, monitoramento ambiental, principais pragas do algodoeiro, inimigos naturais mais conhecidos, monitoramento através de amostragem de pragas, formas de controle alternativo e conhecimento teórico do MIP(Manejo Integrado de Pragas), trabalho ministrado pelo pesquisador daquela empresa brasileira de pesquisas, Fábio Aquino de Albuquerque.
Também nesta terça-feira, serão trabalhados os aspectos gerais da colheita, armazenamento e comercialização numa subdivisão que envolve os métodos de colheita, armazenamento e qualidade da fibra além da pós-colheita e qualidade de fibras que será evidenciado no módulo cinco numa exposição do analista da Embrapa, Maurício José Rivero Wanderley.
Na quarta-feira(06/05) será feito uma visita de campo á experiência de agricultores agroecológicos do Assentamento Queimadas no município de Remígio, Curimataú paraibano.
Ao ser entrevistado pela equipe Stúdio Rural o técnico da Embrapa, Dalfran Gonçalves Vale, falou sobre o que foi repassado e disse que o sistema de produção agroecolóco trata-se de um processo em construção onde envolve quem produz em campo, quem pesquisa, quem faz extensão e o consumidor final.
“Nós passamos o manejo cultural no sistema de produção do algodão em consórcio agroecológico desde a escolha do terreno até os cuidados iniciais que a gente deve ter até os cuidados gerias com referência aos insetos, pragas e inimigos naturais”.
O representante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco, João Luiz Barbosa Coutinho, disse que o governo de Pernambuco tem como plano desenvolver um trabalho de produção de algodão que seja produzido de forma sustentável sem uso de venenos e produtos que causem impactos negativos ao meio ambiente e a vida de agricultores e consumidores do produto.
“Pernambuco já foi um dos grandes produtores de algodão e o governo quer recuperar a cadeia do algodão, mas recuperar de uma maneira sustentável e para isso nós estamos apostando no algodão orgânico e vamos trabalhar com o pequeno agricultor e esse algodão vai dar condição de ter uma sustentabilidade, ou seja, uma rentabilidade, o agricultor realmente vai produzir, vai ter aonde entregar sabendo qual é o preço, tendo preparo de solo garantido pelo governo e acreditamos que assim nós possamos reativar a cadeia do algodão no Estado de Pernambuco”, relata aquela autoridade garantindo que esta é a fase de produção de sementes básicas e em 2010 será feito um trabalho amplo para a produção de algodão em todo o Estado.
A representante do IPA em Tuparetama-PE, agrônoma Marcileyne Pessoa Leite de Lima, disse que o projeto de retomada da produção algodoeira promete muito para aquele estado já que diversas experiências já estão sendo desenvolvidas naquele e em outros estados, inspirando os produtores daquele para a retomada da produção na agricultura familiar.
Ascom
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