"A médica da cidade de Sousa, Julieta Gadelha, de atuação reconhecida nas cidades de Sousa e João Pessoa, foi acometida de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na madrugada desta quarta-feira. A família está tentando fazer a transferência da médica, de avião ou helicóptero, para um dos hospitais de João Pessoa".
Essa é a notícia que corre em sites paraibanos no dia de hoje. E se não conseguir uma aeronave, qual o destino da paciente? Faço esse questionamento devido o descaso que existe com a saúde no interior do Estado. Entra governo, sai governo e ninguém luta para trazer equipamentos, médicos especialistas, a exemplo de neurologistas, que possam permanecer na cidade, evitar essa agonia dos doentes, que lutam pela vida.
Desde que me entendo de gente que escuto falar da transferência de pacientes para outros centros. Tudo se concentra nas grande cidades. Porque não a realização de consórcios dos municípios da região para conseguir esses pleitos? Tudo passa pela vontade política.
Se para pessoas de classe média, classe média alta, que possuem bons planos de saúde existe dificuldade para ser transferidas, imagine então um agricultor, na brenha das serras sofrer um acidente vascular cerebral. Conseguir recuperação será, como se diz na linguagem bem popular, uma grande fincada.
Prefeitos, conselhos de saúde, clubes de serviços, igrejas, associações de bairros, sindicatos, a sociedade em geral, tem o papel de levantar essas questões e tentar mudar essa história viciosa, em que a população fica refém da politicagem e só consegue acesso à saúde em determinados casos se obtiver a assinatura de um líder político, infelizmente.
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