A prefeita de Monte Horebe, Cláudia Dias (DEM),
disse que está à disposição para colaborar com a Operação Monte Sinai,
deflagrada hoje de manhã pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime
Organizado (Gaeco), em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU)
e a Polícia Militar da Paraíba (PM-PB). Além disso, ela afirmou que as
denúncias de corrupção contra prefeitos são "uma praxe" e "normais".
Cláudia é acusada, junto com o ex-prefeito, Erivan Dias Guarita e o
secretário por desvios de dinheiro público que teriam ocorrido entre os
anos de 2010 e 2012. A verba desviada deveria ter sido usado para a
compra de alimentação, obras de construção civil e foi empregada na
contratação ilegal de “funcionários fantasmas”.
"É uma praxe. Prefeito sempre é acusado de desvio de recursos. De
certa forma, isso é normal. É bom que tudo seja apurado. O problema foi
na gestão anterior, de Erivan Guarita, quando eu era secretária de
Administração. Nada a temer. Estou à disposição da Justiça para
esclarecer qualquer fato", disse ela.
A prefeita, que terá, por decisão judicial, de ficar afastada por
no mínimo 100 metros dos prédios públicos municipais ainda brincou e
disse que seria difícil cumprir a norma porque a cidade é muito pequena.
O promotor Octávio Paulo Neto revelou que durante a investigação,
que dura três anos, foi pedido a quebra de sigilo bancário e fiscal e
detectado valores oriundos da prefeitura nas contas pessoais da prefeita
e do ex-prefeito. Os valores detectados na conta da prefeita perfazem
um total de R$ 50 mil; já na do ex-prefeito, em torno de R$ 20 mil. Esse
dinheiro viria de processos licitatórios nos quais as empresas
contratadas pela prefeitura descontavam cheques e os valores eram
destinados para a conta da prefeita, além de funcionários fantasmas que
repassavam valores. O promotor ressaltou que ainda está esperando mais
informações do Banco do Brasil para fechar o valor exato.
ascom
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