Um assunto que vem gerando
bastante polêmica nos municípios da 6ª Gerência Regional de Saúde, o uso
obrigatório do ponto eletrônico para controle de entrada e saída dos
profissionais de saúde da atenção básica, foi tema central da reunião da CIRS –
Comissão Intergestores Regional do Sertão nesta quarta-feira em Patos. Ao final
da reunião os secretários presentes decidiram convidar o Ministério Público
Federal e COSEMs – Conselho dos Secretários Municipais de Saúde para que
possam, juntos com os municípios, traçar uma pauta em torno da implantação do
ponto eletrônico.
Existe grande temor dos
municípios que os médicos venham a abandonar seus postos de saúde, devido a
insatisfação dessa provável mudança de horário de trabalho, que os obrigariam a
dar expediente conforme previsto no contrato por ele assinados, coisa que não
acontece na maioria das unidades de saúde, algo que sempre gerou queixas da
população.
O presidente da CIRs e secretário
de saúde de Matureia, João Paulo, diz que desde 2012 seu município mantém o
ponto eletrônico e o principal problema enfrentado tem sido com o não
cumprimento do horário pelo profissional médico. Ele explica que o uso
obrigatório do ponto eletrônico vai contribuir para maior presença das equipes
em seus locais de trabalho e assim melhorar o atendimento à população.
O gerente regional de saúde e
membro da CIRs, José Leudo de Farias, falou da norma técnica do Ministério
Público Federal, de Patos, que determina que todos os 24 municípios dessa
regional instituam o ponto eletrônico para colher a frequência dos
profissionais do PSF, isso elaborada em cima de muitas reclamações dos
habitantes que não encontravam, especialmente os médicos, nos locais de
trabalho para atendê-los. “É um problema que os municípios estão vivendo e sugerimos
nessa reunião que fossem convidados representantes do MPF e do COSEMs para que
seja discutida com os gestores e definir melhor esse papel do ponto eletrônico
para que não aconteça um caos total nas unidades de saúde”, destacou Leudo.
Outro tema abordado na reunião da
CIRs foi a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas
de Liberdade no Sistema Prisional, que contou com a presença de técnicos da SES
que trocaram informações sobre o funcionamento das unidades de saúde instaladas
nos presídios. Houve também debates em torno da Conferência Estadual de Saúde,
agendada para setembro próximo; encontro nacional dos secretários de saúde, na
primeira quinzena de agosto, dentre outros.
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