De janeiro a julho deste ano já
foram feitas 1.119 notificações de dengue nos 24 municípios que fazem para da
6ª região de saúde, com sede em Patos. Desse total 419 já deram positivo,
confirmados em laboratório, e outros 686 aguardam os resultados. Esse dado serve
para reflexão pelo perigo iminente de epidemia generalizada.
Nesta quinta-feira 23 o setor de
epidemiologia, Vigilância Ambiental da 6ª Gerência estiveram reunidos com nove
dos onze municípios que apresentam os maiores índices de infestação predial do
Aedes aegypti, transmissor da dengue. Foi sentida a falta de Várzea, Teixeira e
Patos, municípios que aparecem na lista dos que estão com alto risco de dengue.
O objetivo do encontro, conduzido
pela facilitadora Marivalda Xavier, coordenadora regional de epidemiologia, foi
despertar nesses municípios o compromisso de intensificar o trabalho de
conscientização da população, mais empenho na política de prevenção e execução
de ações de controle do mosquito.
O município de Várzea apresenta
hoje o maior índice de infestação predial pelo Aedes, com 9,4%, ou seja, de
cada 100 imóveis visitados em 9,4 havia focos do mosquito. Das 73 notificações
até julho, 20 deram positivas e o restante aguarda confirmação do laboratório.
Em Patos foram feitas 328 notificações, sendo que 134 já foram confirmados e
187 estão em análise. O município da regional com o menor índice de infestação
predial é Quixaba, com apenas 1,1%, tendo apenas um caso de dengue confirmado.
Marivalda explica que o cenário
de dengue na regional Patos é preocupante, isso devido a presença do Aedes além
do número esperado.com todos os municípios com índice acima de 1%. O número de
notificações, segundo ela, pode ser bem superior, já que muita gente não
procura a rede de saúde para que seja confirmada a dengue.
Para ela a melhor ferramenta que
os municípios dispõem para trabalhar o problema da dengue é a comunicação.
Solicita que cada município faça essa ação nas escolas, para que os alunos
sejam multiplicadores de conhecimento em suas casas, sua comunidade, fazer parcerias
com as igrejas, associações, em fim todos os meios possíveis, já que a prevenção
é o melhor antídoto contra a doença.
A coordenadora de epidemiologia
aponta como maior causa da proliferação do mosquito transmissor da dengue a
falta de cuidados que todos temos em nossas residências. “As pessoas devem
seguir as recomendações para evitar a presença do Aedes, não dando chances à
reprodução do mosquito”, comentou, explicando que o trabalho de combate deve
ocorrer durante todo o ano, com maior intensidade com a aproximação das chuvas.
Porém ela alerta para um fato que
aumenta a preocupação. Geralmente nessa região há uma queda nos índices de
infestação pelo mosquito a partir de maio, junho, porém este ano isso não
aconteceu. Reforçou a necessidade do trabalho educativo, de conscientização. “Se
fizermos a conscientização, todos ficarem atentos às recomendações, não termos
o mosquito e a doença”, disse Marivalda.
Na próxima semana nova reunião,
desta vez com os municípios com médio risco de epidemia, deve acontecer na
Gerência de Saúde. Todos os apoiadores, da Vigilância em Saúde estão intensificando
as orientações aos municípios, oferecendo suporte técnico para que o quadro de
dengue na regional Patos seja revertido.
Maiores Índices de Infestação Predial (I.I.P) na regional Patos
Várzea – 9,4%
Santa Teresinha – 9,3%
Teixeira – 8,4%
Desterro – 7,5%
Santa Luzia – 5,6%
Junco do Seridó – 5,4%
Patos – 4,1%
Cacimbas – 4,0%
Malta – 3,9%
Cacimba de Areia – 3,6%
São Mamede – 3,0%
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